Determinação de curva glicolítica em carcaças de aves PSE (Pale, soft, exsudative) e normal em linha de abate industrial

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Kaiser, Tania Regina lattes
Orientador(a): Pedrão, Mayka Reghiany lattes
Banca de defesa: Pedrão, Mayka Reghiany, Yamaguchi, Margarida Masami, Droval, Adriana Aparecida
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Londrina
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Tecnologia de Alimentos
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/1674
Resumo: Alguns defeitos de qualidade podem causar alterações nos atributos da carne, dentre estes, podemos destacar as carnes PSE (Pale, Soft and Exudative). As carnes PSE são pálidas, flácidas e exsudativas ou molhada e resultam da queda brusca de pH enquanto a carcaça ainda encontra-se com temperatura elevada. A identificação de carnes PSE tem sido feita através da mensuração de pH e valor de L* (Luminosidade). No entanto, estudos sugerem que uma avaliação mais precisa da cinética do pH e decréscimo de temperatura precisa ser conduzida para entender melhor a etiologia das carnes PSE em aves. O objetivo deste trabalho foi obter a curva glicolítica para carnes normais e PSE de frango, através das análises de pH, L* e CRA (Capacidade de Retenção de Água). Este experimento foi realizado com carcaças obtidas em um abatedouro comercial (n=35), de linhagem Cobb, com 50 dias de idade, provenientes do mesmo lote de criação e com o mesmo tempo de jejum pré-abate (10h). As amostras de filés de peito foram obtidas das carcaças aleatoriamente coletadas imediatamente na saída do chiller de pré-resfriamento, sendo que as análises de pH, temperatura e valor de L*, foram conduzidas nas mesmas nos tempos de 1h35, 2h35, 3h35, 5h35, 8h35, 11h35, 14h35, 17h35, 20h35, 23h35 e 25h35 post mortem. As análises de CRA foram realizadas no tempo de 25h35 post mortem. As medições de pH indicaram que somente a partir do tempo de 8h35 post mortem foi possível verificar um indicativo de estabilização, sendo que o pH de carne PSE foi de 5,69±0,07, e para carne normal foi de 5,93±0,09. O valor final de pH (25h35 post mortem) foi de 5,98±0,06 e L* de 57,30±2,39 para carnes normais, já para carne PSE o resultado foi de 5,72±0,06 e L* de 59,44±1,51. Para CRA, a média das amostras (67,19±3,13 e 64,45±2,66) mostrou uma diferença entre os filés de frango normais e PSE respectivamente. Os dados encontrados neste trabalho estão de acordo com os relatados pelo próprio grupo de pesquisa em outro frigorífico e contradiz trabalhos similares, porém feitos em temperatura ambiente, indicando que para frangos sob condições comerciais a resolução do rigor mortis se dá após 8h35 post mortem.