Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2000 |
Autor(a) principal: |
Díaz, Cecilia Gladys |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11135/tde-20191220-113246/
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Resumo: |
A quantificação dos danos causados por Xanthomonas axonopodis pv. phaseoli, agente causal do crestamento bacteriano comum do feijoeiro, foi o objetivo deste trabalho. O trabalho foi desenvolvido em três etapas. Na primeira, uma escala diagramática para auxiliar na quantificação da severidade da doença foi desenvolvida e validada. A escala conta com oito níveis de severidade (0,97, 1,9, 3,3, 8,0, 12,0, 22,0, 31,0 e 51,0%). A validação foi feita por seis avaliadores, a maioria deles sem experiência na avaliação do crestamento bacteriano comum 50 folhas com diferentes níveis de severidade foram usadas para a validação. A maioria dos avaliadores apresentou alta precisão nas avaliações (R2 entre 0,81 a 0,95), mas detectou-se tendência generalizada de superestimar a severidade da doença, principalmente entre valores de 20 e 40%. A escala foi adequada para a avaliação da severidade da doença em condições de campo. Na segunda fase, para a avaliação dos danos propriamente ditos, instalou-se três ensaios de campo com as cultivares IAC-Carioca e Tuc-180. Dois ensaios foram conduzidos durante as primaveras de 1997 e 1998 e o terceiro, no verão de 1998, no Municipio Las Talitas, Tucumán-Argentina. Empregou-se o método da planta individual e diferentes severidades foram obtidas em função no número de inoculações. Para cada planta foram determinadas as seguintes variáveis: severidade da doença, área sob a curva de progresso da doença (AUDPC), duração da área foliar sadia (HAD) e absorção da área foliar sadia (HAA). Ao final do ciclo da cultura, foram determinados os componentes da produção: número de vagens por planta e produção por planta (g/m2). Os resultados obtidos mostraram a falta de correlação entre as variáveis severidade da doença e AUDPC e os componentes da produção. As variáveis relacionadas à área foliar (HAD e HAA) apresentaram correlação com os componentes de produção avaliados nos três ensaios (R2 entre 0,66 e 0,83 para HAD-produção e 0,53 e 0,79 para HAA-produção). Na última etapa, o efeito do patógeno na eficiência fotossintética e na produção do feijoeiro foi quantificado. Dois experimentos de campo foram conduzidos durante a safra das águas de 1997, em Piracicaba-SP, com duas cultivares, IAC-Carioca e Rosinha. Diferentes níveis de severidade foram obtidos variando-se o número de inoculações com o patógeno. A severidade da doença foi avaliada com auxílio de escala diagramática. A duração da área foliar sadia (HAD) correlacionou-se linearmente com produção (g/m2) nos dois experimentos (R2 entre 0,66 e 0,78), ao contrário da severidade de doença. Fotossíntese foi relacionada com área foliar doente por meio da equação PxIPo=(1-x)β, onde Px é a fotossíntese líquida da folha com severidade x, Po é a fotossíntese líquida média das folhas sadias, x é a severidade da doença e β expressa a relação entre lesão virtual e lesão visual. Os valores de β, determinados por regressão não-linear, foram de 3,08±0, 18 (R2=0,84) e 3, 19±0, 14 (R2=0, 71) para os cultivares IAC-Carioca e Rosinha, respectivamente. A incorporação de β ao cálculo de HAD, de modo geral, não melhorou o ajuste dos dados. |