Análise comparativa do custo de produção e rentabilidade da uva \'Niágara Rosada\' cultivada em diferentes regiões do Estado de São Paulo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Cappello, Fernando Perez
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11136/tde-11112014-090528/
Resumo: A \'Niágara Rosada\' (Vitis labrusca) é a principal cultivar de mesa produzida no Estado de São Paulo. Esta cultivar apresenta maior rusticidade e menor custo de produção em relação às cultivares de uva fina (Vitis vinifera L.) por ser mais resistente às doenças fúngicas, ter menor custo com mão-de-obra e insumos, pelo menor número de pulverizações e pela ausência de alguns tratos culturais. No Estado de São Paulo, sua produção concentra-se, principalmente, nos Escritórios de Desenvolvimento Rural (EDR) de Campinas, Itapetininga e Jales, e é cultivada sob diferentes sistemas de produção. O objetivo do trabalho foi analisar a viabilidade econômica da cultivar \'Niágara Rosada\' nos principais EDRs produtores do Estado de São Paulo. Para isso, foram realizados painéis e estudos de caso com produtores para elaboração do custo de produção, rentabilidade da cultura e análise de investimento, para o ano de 2012, nas diferentes regiões produtoras. No EDR de Campinas, foi avaliado o período de safra principal e temporã, no qual o Custo Total (CT) foi R$ 1,57 por quilo, com uma Receita Líquida Total (RLT) de R$ 0,89 por quilo de uva. Ao considerar apenas a safra principal do EDR de Campinas, a queda na produção elevou o custo e diminuiu a rentabilidade de forma que o CT foi de R$ 1,81 por quilo e a RLT de R$ 0,17 por quilo. No EDR de Itapetininga, para a safra principal, o CT calculado no painel foi de R$ 1,33 por quilo, e a RLT foi de R$ 0,47 por quilo, enquanto que para a safra temporã, a menor produtividade elevou o CT para R$ 2,04 por quilo, mas o melhor preço de venda proporcionou uma RLT de R$ 0,75 por quilo. No EDR de Jales, o CT foi R$ 2,36 por quilo, contudo o elevado preço de venda na entressafra paulista gerou uma RLT de R$ 083 por quilo. Na análise de investimento ao longo de oito anos de produção, considerando-se o valor da terra, o EDR de Campinas apresentou o menor Valor Presente Líquido (VPL), de R$ 12.142,02 por hectare, com uma Taxa Interna de Retorno (TIR) de 3% ao ano e um payback anualizado de oito anos. No EDR de Itapetininga, considerou-se a média de custos e receitas entre as duas safras (principal e temporã), e o VPL resultante foi de R$ 28.313,03 por hectare e a TIR de 8% ao ano, com um payback anualizado no sexto ano de produção. No EDR de Jales, por conta dos preços de venda elevados obtidos na entressafra, o VPL foi o mais elevado, com R$ 97.596,77 por hectare, TIR de 14% ao ano e payback anualizado em cinco anos. Com base nos resultados foi possível verificar que a atividade é rentável, independente do sistema de condução e possui retorno positivo nos moldes da agricultura familiar, apesar de cada EDR possuir suas características tanto para a produção quanto para a comercialização da uva \'Niágara Rosada\' que exigem conhecimento da cultura e boa gestão da propriedade por conta dos viticultores.