Avaliação de porta-enxertos para a videira Niagara rosada no Vale do Paraíba SP

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2000
Autor(a) principal: Pauletto, Dário
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11136/tde-20220208-103827/
Resumo: Com o objetivo de estudar o comportamento da videira Niagara Rosada (Vitis labrusca L.) enxertadas sobre diferentes porta-enxertos na região do Vale do Paraíba, SP, foi conduzido o presente experimento em Taubaté (SP). Foram testados os seguintes porta-enxertos: IAC-313 (Tropical), IAC-766 (Campinas), Kober SBB, Traviú e Schwarzmann. Utilizou-se o espaçamento 2,0m x 1,5m e o vinhedo foi conduzido em espaldeira com três fios de arame e sistema de poda curta em duas gemas (gema da base e primeira gema). O delineamento experimental adotado foi o quadrado latino de cinco linhas e cinco colunas, com cinco tratamentos e seis plantas por parcela. Os tratamentos foram avaliados durante as primeiras oito safras, abrangendo o período de 1990 a 1997 (safras 90/91 a 97/98). As variáveis analisadas foram: produção por planta em cada safra; produção acumulada por planta; produtividade estimada por hectare; número de cachos colhidos por planta; número e massa de ramos podados no inverno; número de brotações retiradas na desbrota; circunferência da planta em diferentes partes; comprimento do cordão esporonado e número de gemas por planta; comprimento das brotações e taxa de crescimento absoluta; massa, comprimento e largura do cacho; número de bagas por cacho; massa da baga; comprimento e largura da baga e número de sementes por baga; teor de sólidos solúveis totais e massa da ráquis. Os porta-enxertos IAC 313 e IAC 766 apresentaram as maiores produções médias por planta (2,69 kg/planta e 2,59 kg/planta, respectivamente), diferindo significativamente das produções obtidas nos porta-enxertos Kober 5BB e Schwarzmann (1,19 kg/planta e 1,24 kg/planta, respectivamente). O porta-enxerto Traviú apresentou comportamento intermediário (1,99 kg/planta). Na safra 96/97 foram colhidos 12,64; 12,19; 11,26; 8,06 e 6,35 cachos por planta nos porta-enxertos IAC 313, Traviú, IAC 766, Schwarzmann e Kober 5BB, espectivamente. Na safra 97/98 estes valores foram 34,60; 24,20; 30,80; 30,00 e 21,60 cachos/planta, respectivamente. Os porta-enxertos IAC 313 e IAC 766 mostraram ser mais vigorosos na região estudada. Os cachos colhidos nas plantas enxertadas sobre IAC 313, IAC 766 e Traviú apresentaram tamanho (comprimento e largura), massa e número de bagas significativamente maiores do que o verificado nas plantas enxertadas sobre Kober 5BB e Schwarzmann, na média geral. A baga apresentou massa significativamente maior no IAC 766 e Traviú em comparação ao Schwarzmann. O teor de sólidos solúveis dos frutos variou de 14,18°Brix (IAC 313) a 15,46°Brix (Kober 5BB). Os porta-enxertos IAC 313, IAC 766 e Traviú são os mais indicados para a cultivar Niagara Rosada na região de Taubaté, no Vale do Paraíba, SP.