Estudo de compostos químicos na quebra de dormência das gemas, na brotação e na produtividade da videira cultivar Niagara Rosada nas principais regiões produtoras do Estado de São Paulo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1995
Autor(a) principal: Pires, Erasmo Jose Paioli
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11136/tde-20210104-164031/
Resumo: A necessidade de um período mínimo de frio no inverno para que fruteiras decíduas de regiões de clima temperado apresentem uma brotação vigorosa e uniforme na primavera seguinte, tem sido amplamente aceita. A videira, espécie decídua típica de zona de clima temperado, é largamente cultivada em regiões tropicais e subtropicais, como nas zonas de cultivo do Estado de São Paulo, nas quais as temperaturas mínimas que ocorrem no período de repouso nem sempre atendem as necessidades de frio requeridas pela espécie. Embora nessas regiões geralmente ocorram deficites hídricos durante o inverno, que poderiam complementar as exigências para o período de repouso, estes tem sido insuficientes, conduzindo geralmente a uma brotação tardia, reduzida e desuniforme, acarretando quase sempre quedas pronunciadas na produtividade. Procurou-se, neste trabalho, estudar o efeito do nitrato de potássio, do nitrato de cálcio e da cianamida hidrogenada, na quebra da dormência de gemas, no desenvolvimento dos ramos e na produção da videira Niagara Rosada comparados com a calciocianamida, tradicional promotor da quebra de dormência de gemas de videira em Jundiaí, Indaiatuba e São Miguel Arcanjo, três das principais zonas de cultivo da uva Niagara Rosada. Em Jundiaí foram conduzidos dois experimentos, sendo um comparando a ação da cianamida hidrogenada (H2CN2) a 1%, 2%, 3% e 4% com a calciocianamida (CaCN2) 20% em dez podas semanais consecutivas, e outro em uma só época de poda, utilizando doses crescentes de H2CN2 (0,0%; 1,0%; 1,25%; 1,5%; 1,75% e 2,0%). Em Indaiatuba foram conduzidos dois experimentos, sendo o primeiro comparando a ação da calciocianamida 20%, da cianamida hidrogenada de 0,0%; 1,0%; 1,25%; 1,5%; 1,75% e 2%, do nitrato de potássio (5%) mais nitrato de cálcio (5%) isoladamente ou adicionados à calciocianamida (5%) e à cianamida hidrogenada 0,25%, e o segundo comparando doses crescentes de cianamida hidrogenada (0,0%; 1,0%; 1,25%; 1,5%; 1,75% e 2,0%) isoladamente ou comparadas com calciocianamida 20%. Em São Miguel Arcanjo foram conduzidos dois experimentos, um estudando doses crescentes de H2CN2 (1%; 2%, 3%,4%, 5% e 6%) e CaCN2 20%; e outro estudando doses crescentes de H2CN2 (1,0%; 1,25%; 1,5%; 1,75% e 2%). De modo geral, pode-se concluir que a calciocianamida 20% e a cianamida hidrogenada tiveram o mesmo efeito positivo para as características avaliadas nas três regiões. Para a região de Jundiaí, à exceção das podas tardias realizadas em setembro nas quais as plantas brotaram e desenvolveram normalmente sem auxílio de produtos químicos indutores, a concentração de cianamida recomendada situou-se na faixa de 1,44 a 1,63%; para Indaiatuba situou-se na faixa de 1,25 a 1,66%; finalmente para São Miguel Arcanjo na concentração de 1%.