Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
1972 |
Autor(a) principal: |
Pereira, Fernando Mendes |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/0/tde-20240301-144322/
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Resumo: |
Foram feitas na videira Niagara Rosada (Vitis labrusca L. x Vitis vinifera L.), investigações relativas à ação da giberelina sobre as transformações morfológicas dos cachos, dos ramos e inflorescências, a indução ao florescimento, o aditantamento do período de maturação, bem como sua translocação dentro das inflorescências, com a finalidade de verificar a possibilidade de emprego desse fitohormônio nos vinhedos desse cultivar de videiras. Os trabalhos experimentais foram desenvolvidos em três propriedades particulares, em Jundiaí (SP), utilizando-se sempre vinhedos de boas condições de sanidade e produtividade. As transformações morfológicas dos cachos, foram pesquisadas sob os seguintes aspectos; peso, comprimento, largura e número de bagas por cacho, peso dos engaços, peso das bagas e número de sementes. Foram conduzidos dois experimentos, procurando determinar as dosagens promotoras dos mais benéficos efeitos, utilizando-se sempre aplicações por imersão das inflorescências 12 dias antes e 7 dias após o florescimento. O primeiro experimento constou de aplicações de giberelina nas dosagens de 0, 10, 20, 40 e 80 ppm, antes, após, e antes e após o florescimento. O segundo experimento, constou da aplicação de giberelina nas dosagens de 0, 50, 100, 200 e 400 ppm, antes, e antes e após o florescimento. Nesses experimentos verificou-se que, dosagens de 0 a 80 ppm, não produziram efeitos na morfologia aparente dos cachos. A dosagem 100 ppm, através de aplicação única, anterior ao florescimento, produziu um pequeno aumento no tamanho dos cachos, e a aplicação dupla, anterior e posterior ao florescimento, causou significativo aumento no tamanho dos cachos. As dosagens de 200 e 400 ppm, quando comparadas com a dose 100 ppm prejudicaram a formação dos cachos. O alongamento dos ramos foi estudado em dois experimentos, onde foram tratados ramos com 25 a 35 cm de comprimento, com giberelina a 100 ppm, não tendo-se observado nenhum acréscimo estatisticamente significativo no comprimento dos ramos. Visando verificar a ação da giberelina sobre o alongamento das inflorescências, foram realizadas investigações aplicando-se giberelina a 100 ppm sobre inflorescências em estágios anteriores ao florescimento, medindo de 3 a 6,5 cm. As medidas de crescimento, tomadas 5, 10, 12, 19, 25 e 36 dias após a aplicação, mostraram um rápido crescimento das inflorescências, observado até 12 dias após a aplicação. Este efeito entretanto, estatisticamente desapareceu 19 dias após a aplicação. A indução do florescimento foi estudada através de vários experimentos, onde foram selecionados ramos com inflorescências em diversos estágios anteriores ao florescimento. Utilizou-se a dosagem única de 100 ppm. Verificou-se que o florescimento foi induzido pela giberelina, antecipando-se em 5 a 10 dias em relação às inflorescências testemunhas. A translocação da giberelina dentro das inflorescências foi estudada, através do alongamento das mesmas e da indução do florescimento, em diversos experimentos, onde se fez o tratamento de porções das inflorescências, em períodos anteriores ao florescimento. Verificou-se que apenas as porções tratadas das inflorescências, responderam a ação da giberelina, ou seja, que este fitohormônio não se translocou dentro das inflorescências. O adiantamento do período de maturação foi estudado, através de dois experimentos, onde utilizou-se giberelina a 100 ppm. No primeiro experimento associou-se a giberelina, a ação da Calciocianamida (CaCN2), esta com a ação específica de adiantar o período de brotação. A giberelina foi aplicada sobre ramos com 25 cm de comprimento. Verificou-se que a associação - giberelina 100 ppm - calciocionamida 20%, acelerou a maturação de maneira significativa, quando observada através do Índice de Maturaçao (açúcar/ acidez). No segundo experimento a aceleração da maturação foi estudada através da aplicação de giberelina a 100 ppm, em tratamentos únicos, anteriores ao florescimento e duplos, anteriores e posteriores ao florescimento. Verificou-se que o período de maturação, analisado através do Índice de Maturação, mostrou resultados significativos nas aplicações duplas, antes e após o florescimento, e nas aplicações únicas ao florescimentos, os Índices de Maturação obtidos, embora superiores aos das testemunhas, nem sempre foram estatisticamente significativos. |