Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Camargos, Pedro de Almeida Pires |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8132/tde-28072022-191035/
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Resumo: |
A pesquisa tem como objeto central as políticas criminais colocadas em curso pelos governos de Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) e Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010) e os discursos governamentais mobilizados em torno das medidas adotadas. A partir disso, procura-se examinar o papel que a noção aberta e imprecisa de \"Crime Organizado\" cumpriu na elaboração de tais políticas. Por meio de uma investigação qualitativa em documentos, cujos resultados foram estudados à luz de metodologias de análise de discurso e de análise de política criminal, explora-se a hipótese de que o paradigma de \"guerra ao Crime Organizado\" emergiu no Brasil após o período de redemocratização e, por meio da hibridização com distintas racionalidades, foi mobilizado - ainda que de distintas formas - como uma justificativa relevante, nos dois governos estudados, para a adoção de medidas de incremento do controle social, da vigilância, da militarização da segurança e da repressão no país. Propondo um diálogo cruzado entre as concepções foucaultianas e marxistas dos estudos sociológicos sobre os mecanismos de punição e sobre o neoliberalismo e analisando, também, a construção global e estadunidense da questão do \"Crime Organizado\" como um problema de governo, a pesquisa busca contribuir com os debates sobre a ocorrência de uma espécie de \"guinada punitiva\" em diferentes contextos do mundo com o advento do neoliberalismo como racionalidade política preponderante. Atento a possíveis rupturas e continuidades, o trabalho mapeia os movimentos em torno da questão e investiga como os câmbios verificados no Brasil inserem-se em processos globais mais amplos, destacando os engates e reforços destes processos com particularidades sociais do caso brasileiro. |