Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Pereira, Thaís da Silva |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47133/tde-29082023-122211/
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Resumo: |
Esta pesquisa se desenvolveu a partir de vivências clínicas-institucionais no trabalho com pacientes psicóticos internados no hospital geral. A psicose, como estrutura clínica na teoria e clínica psicanalítica, ao se fazer presente no hospital, gera estranhamento. A equipe de saúde revela uma dificuldade de reconhecimento desses pacientes como parte do seu escopo de trabalho, com resistências e dificuldades no cuidado. A partir desse problema evidenciado no tratamento de pacientes psicóticos no contexto hospitalar, esta pesquisa apresenta como objetivo localizar a psicose nas relações de cuidado no hospital geral. Nesta investigação, através do método clínico em psicanálise, propomos um estudo teórico-clínico, articulando a revisão sistemática da literatura aos fragmentos clínicos-institucionais, buscando interlocuções entre a psicanálise freudo-lacaniana e a psicologia hospitalar, a saúde mental e a atenção terciária. Sustentamos a análise da hipótese de que a psicose não tem lugar no hospital geral e, portanto, esse lugar deve ser construído. Os resultados demonstram que a psicose, por abrir espaço para o inquietante freudiano na instituição, desafia a relação da equipe com a subjetividade, mas também o próprio saber e sua formação. Para operar nessa cena, o analista precisará, primeiro, não recuar frente à psicose e estar inserido na equipe de saúde, para construir, através da transferência de trabalho, a marca inicial de um lugar entre equipe e paciente psicótico. Essa operação ocorre através dos bordeamentos entre saber e gozo na relação de cuidado, mobilizando o reconhecimento do paciente psicótico como parte do cuidado, provocando uma questão que volte o olhar dos profissionais de saúde ao sofrimento psíquico na psicose. Compreende-se que depois dessa primeira operação, inserindo a psicose como parte do cálculo de cuidado da equipe de saúde, pode-se, com o apoio da transmissão, construir, nos casos de psicose no hospital, um cuidado compartilhado com efeitos de reposicionamento das equipes de saúde aos seus modos de cuidado na cultura hospitalar. |