Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Grecco, Mariana Rodrigues Festucci |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47133/tde-09032022-170121/
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Resumo: |
Esta tese se dedica a uma direção do tratamento possível na psicose melancólica por meio da interlocução entre as teorizações de Freud e Lacan a respeito das psicoses e a práxis de Nise da Silveira no acolhimento às psicoses. Promovemos tal interlocução a partir dos seguintes passos: a contextualização teórica da clínica das psicoses em Freud e Lacan, com a especificação sobre o desencadeamento e vias de estabilização das psicoses; a psicose melancólica em Freud e Lacan, com o delineamento de uma breve genealogia das teorizações sobre a melancolia desde a Filosofia grega até à Psiquiatria Clássica, a abordagem da melancolia nos textos freudianos, as menções à melancolia nos escritos e seminários lacanianos, as teorizações dos psicanalistas lacanianos contemporâneos que permitem situar a melancolia no campo das psicoses, e as especificidades quanto à estabilização, suplência e direção do tratamento na psicose melancólica; por fim, a interlocução propriamente dita, por meio de uma breve exposição do percurso biográfico e epistêmico de Nise da Silveira, da metodologia desenvolvida por Nise da Silveira nas oficinas expressivas, e do caso de Adelina Gomes, atendido por Nise da Silveira, como possível indicador da direção da direção do tratamento na psicose melancólica. Sustentamos a hipótese de que o acolhimento às psicoses desenvolvido por Nise da Silveira em sua práxis especificamente por meio da metodologia adotada nas oficinas expressivas dos serviços por ela fundados, ao permitir a livre expressão e o não direcionamento do fazer, viabiliza uma maneira de sobreviver a fixidez do objeto na psicose melancólica (estando esta fixidez situada no polo da indignidade melancólica ou no polo da onipotência maníaca), o que situa a materialidade da via expressiva desenvolvida nas oficinas como uma direção possível de tratamento compatível com a ética psicanalítica |