Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Heck, Fernanda Arioli |
Orientador(a): |
D'Agord, Marta Regina de Leao |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/49111
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Resumo: |
A pesquisa investiga transformações na leitura psicanalítica do discurso na psicose. Parte da análise realizada por Freud da biografia de Schreber, passando pela admissão por Lacan do termo ―discurso‖ para a psicose, até a referência de Lacan em “O aturdito” ao ―fora-do-discurso da psicose‖. Na formulação de hipóteses acerca do que significa e no que implica tal menção de Lacan não há consenso entre autores que se dedicaram ao tema. Com o propósito de indagar a pertinência de entender o ―fora-do-discurso‖ como fora dos quatro discursos, a pesquisa foi construída com base em uma abordagem topológica e a partir do método psicanalítico de investigação. Inicialmente, é problematizada a idéia do ―fora‖ enquanto exterioridade, posto que a oposição dentro-fora não implica alterações topológicas. A partir dos Esquemas L e Z são abordadas as conseqüências de na psicose o sujeito estabelecer uma relação direta com o semelhante, sem mediação Simbólica do Outro, de modo a permanecer no âmbito da rivalidade especular. A pesquisa faz referência, ainda, às alterações que o fora-do-discurso implica na sustentação do campo da realidade na psicose. A partir do Grafo do Desejo, é deflagrado o impasse de que incluir o desejo na relação com o outro implica a articulação entre os elementos do segundo andar do grafo. Na psicose, o discurso se rompe quando atinge o lugar do código, o que impede a passagem para o andar superior. Conclui-se que o fora-do-discurso da psicose faz referência à inviabilidade de aplicação do matema dos quatro discursos à estrutura psicótica, devido à impossibilidade de o sujeito ocupar o lugar de agente do discurso. Por fim, a partir da indagação relativa ao laço transferencial na psicose, são desdobradas as conseqüências da formulação da psicose como fora-do-discurso para o tratamento analítico. |