Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Dias, Eliane Aparecida Costa |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47133/tde-25022019-110840/
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Resumo: |
Essa tese tem como questão central o estatuto teórico e clínico da Psicose Ordinária, hipótese clínica proposta desde 1998, no âmbito da Associação Mundial de Psicanálise (AMP), como tentativa de abordagem e de teorização sobre os casos atípicos da clínica psicanalítica: sintomas que não preenchem claramente os critérios de formação substitutiva e de mensagem simbólica da neurose, mas também não configuram os clássicos fenômenos elementares da psicose. Apresentada inicialmente como um programa de investigação e de refinamento da diferenciação entre neurose e psicose, a hipótese de Psicose Ordinária, no entanto, passou a ser cada vez mais utilizada como um diagnóstico, mobilizando intenso debate no campo da psicanálise de orientação lacaniana. Considerando a importância do diagnóstico diferencial para a condução de um tratamento, a pesquisa tem o objetivo de delimitar a especificidade, o alcance conceitual, bem como os limites da noção de Psicose Ordinária. Para isso, inicialmente, discutese o que é um conceito em psicanálise e são apresentadas as principais perspectivas com que a questão do diagnóstico vem sendo abordada na psicanálise lacaniana. A noção de Psicose Ordinária é interrogada a partir da análise crítica da extensa bibliografia produzida a respeito, visando identificar os fatos clínicos, as matrizes conceituais e as linhas argumentativas que sustentam sua proposição, sua utilização, bem como as críticas que lhe são endereçadas. Conclui-se que a Psicose Ordinária é um conceito forjado a partir das premissas e dos avanços teóricos do último ensino de Lacan e configura uma nova categoria clínica dentro do campo das psicoses: uma psicose não desencadeada, onde a singularidade de um sinthoma assegura, ainda que de forma frágil, o enlaçamento de Real, Simbólico e Imaginário e a inserção no laço social. Propõe-se que a Psicose Ordinária configura, também, uma ferramenta epistêmica com potencial de circunscrever e fazer avançar a tarefa de precisar as especificidades e as implicações teóricas e clínicas da evolução do ensino de Lacan |