A cura na psicanálise e na autoajuda: horizontes ético-políticos de transformação

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Olivero, Lívia de Lucas
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47134/tde-10092024-123340/
Resumo: Neste trabalho, realizamos um estudo comparativo entre o horizonte de cura presente nas psicanálises de Freud e Lacan e na literatura de autoajuda contemporânea, a partir da construção de uma definição mais geral de cura como experiência de transformação favorável ao sujeito. Segundo a chave de leitura proposta por Dunker (2021), investigamos a cura em psicanálise como um problema ético-político, que não equivale às dimensões clínica e psicoterapêutica, mais frequentemente consideradas, e que não pode ser definida somente por critérios de eficácia, como a remoção de sintomas e a mitigação do sofrimento. Além da leitura de textos de Freud e Lacan que discutem direta ou indiretamente a noção de cura, buscamos por incidências do que Dunker, Milán-Ramos e Paulon (2016) chamaram de discurso da cura em dois casos clínicos, um de Freud, considerado malsucedido, e um de inspiração lacaniana, em que uma cura se sucedeu, com o intuito de identificar como certo resíduo ético precipita de situações reais de análise narrativizadas pelo analista. Em seguida, tomamos dois livros de autoajuda da década de 2010 para traçar uma comparação entre diferentes curas e ponderar sobre os efeitos éticos e políticos que delas derivam.