Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Morais, Teresa Christine Pereira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7141/tde-15052017-151830/
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Resumo: |
Introdução: A violência contra a criança tem aumentado progressivamente no mundo, requerendo todos os esforços para a intervenção. As crianças constituem a parcela mais vulnerável e por extensão mais propensa a sofrerem todo tipo de violência, desde a menor negligência até o extremo da agressão física. O enfrentamento da violência contra a criança requer o desenvolvimento de processos de trabalho que considerem o processo saúde-doença na sua interface social, a partir do contexto em que ocorrem as situações de violência, sendo a Atenção Básica o locus privilegiado para a visibilização e enfrentamento do fenômeno. Objetivos: analisar as diferenças e semelhanças nos modos de enfrentamento da violência infantil nos municípios de Curitiba e São Paulo, por meio das redes de proteção, dos processos de trabalho e dos significados atribuídos pelos profissionais da Atenção Básica. Método: o estudo se pautou pela metodologia de natureza qualitativa, dado o seu caráter descritivo e exploratório. A base teórica está fundamentada na Teoria da Intervenção Práxica da Enfermagem em Saúde Coletiva TIPESC, proposta por Egry, que busca a intervenção da Enfermagem através de uma metodologia dinâmica e participativa. Os cenários de pesquisa foram distritos de saúde dos municípios de Curitiba e São Paulo, onde realizou-se entrevistas semi-estruturadas junto aos profissionais da Atenção Básica. Utilizou-se do WebQDA ((Web Qualitative Data Analysis) para tratamento dos dados oriundos das entrevistas, da hermenêutica dialética para a análise dos discursos e do Fluxograma Analisador do Modelo de Atenção para investigar os processos de trabalho no enfrentamento da violência infantil na perspectiva da rede de atenção e proteção. Resultados: os significados da violência infantil emergiram vinculados a quatro núcleos de sentido principais: ambientes familiares desestruturados, drogadição e álcool, precárias condições de existência material das famílias e o despreparo para os cuidados parentais. Foram apontadas dificuldades, facilidades e fragilidades da rede assistencial para o enfrentamento, a necessidade de ações intersetoriais e de capacitação dos profissionais para o atendimento às situações de violência no âmbito da Atenção Básica. Conclusões: as diferenças e semelhanças nos modos de enfrentamento da violência infantil pelos profissionais da Atenção Básica ocorrem no âmbito das políticas de enfrentamento e das redes de atenção e proteção, onde há necessidade de adotar estratégias de ampliação da capacidade de monitoramento e acompanhamento dos casos notificados; no âmbito dos serviços, processos de trabalho e profissionais, onde há necessidade de formação qualificada dos trabalhadores e organização da rede de saúde para oferta de serviços assistenciais em quantidade e qualidade, além do aporte de profissionais para o enfrentamento da violência infantil. |