Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Fonseca, Evirlene de Souza da |
Orientador(a): |
Meneghel, Stela Nazareth |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/202566
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Resumo: |
A violência é um fenômeno social complexo, multifacetado e de grande magnitude, presente nas mais diferentes realidades históricas, culturais e sociais, sendo um comportamento social exacerbado em determinadas culturas e relações de poder. A violência contra a mulher, por sua vez, manifesta-se de diversas formas e com diferentes graus de severidade, sendo considerada qualquer conduta baseada no gênero, que cause morte, dano, sofrimento físico, sexual ou psicológico, tanto no âmbito público como no privado. Neste contexto, a presente pesquisa tem por objetivo conhecer a equidade na atenção a mulheres em situação de violência na atenção básica. Esta pesquisa trata-se de um estudo de caso, com abordagem qualitativa, cujas informações foram produzidas por meio de observação participante no território, dados de notificação de violências, visitas domiciliares, reuniões de equipes, grupos focais em Unidades Básicas de Saúde do Distrito Glória/Cruzeiro/Cristal, em Porto Alegre (RS), com trabalhadores de saúde e, ainda, pelo relato de um caso exemplar. Foi realizada análise temática, buscando entender as percepções sobre as violências, as ações realizadas (e não realizadas), a produção de sentidos e o posicionamento nas relações entre trabalhadores de saúde e usuárias em situação de violência. Dentre os principais achados destaca-se o fato de que os trabalhadores da saúde não percebem a violência em uma dimensão que implique na perspectiva de gênero, a constatação da onipresença da violência estrutural como o principal determinante e entrave às ações de atendimento e acolhimento de situações de violência. Ademais, a dificuldade da articulação da rede de atendimento à mulher em situação de violência como um todo mostrando-se incapaz de dar visibilidade e acolhimento às mulheres em situação de violência. Por fim, para evidenciar ao menos em parte, o quanto um olhar pormenorizado poderia contribuir para compreender e diminuir o sofrimento imposto às mulheres vítimas de violências, apresenta-se um caso exemplar, o qual se desenrola em meio à rota crítica vivida por duas vítimas de violência, envoltas em uma trágica história familiar. |