Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Sousa, Cassia Dias Machado de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17138/tde-20052020-085330/
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Resumo: |
Introdução: obesidade é uma doença crônica e multifatorial, podendo ser determinada pelo excesso relativo ou absoluto das reservas corporais de gordura. Diante do aumento de sua prevalência, inúmeros tratamentos têm surgido e dentre eles, um grande interesse pelo potencial dos fitoterápicos. Entre as espécies de vegetais estudadas, tem-se o cravo da índia (Syzygium aromaticum), com possíveis atividades antioxidante, anti-inflamatória e hipoglicemiante, desempenhando assim um papel importante na obesidade. Objetivo: avaliar os efeitos do uso de cravo da índia na microbiota intestinal, no perfil lipídico e glicídico, peso corporal, peso dos tecidos e acúmulo de lipídio hepático e pancreático em animais alimentados com dieta hiperlipídica. Metodologia: foram utilizados 48 camundongos (C57BL/6) machos, os quais foram divididos em 4 grupos com 12 animais cada: dieta padrão, dieta padrão com cravo, dieta hiperlipídica e dieta hiperlipídica com cravo. Os animais do grupo dieta padrão foram alimentados com uma ração padrão ad libitum (Nuvilab®) e os do grupo dieta hiperlipídica foram alimentados com ração hiperlipídica durante 10 semanas. A suplementação de extrato de cravo da índia foi feita via gavagem na dose de 250 mg/kg/dia nos grupos dieta padrão com cravo e dieta hiperlipídica com cravo. Durante o experimento o peso corporal foi avaliado semanalmente e ingestão diariamente. Foi realizado o teste de tolerância à glicose na última semana de experimento e o teste de sensibilidade à insulina foi realizado 48 horas após o teste de tolerância a glicose, ambos após jejum de 8 horas. Ao final do período experimental, os animais foram eutanasiados e coletadas amostras sanguíneas para dosagem de: insulina, colesterol total e triglicerídeos, além dos órgãos e tecidos: fígado, pâncreas, tecido adiposo retroperitoneal, epididimal e marrom. Todos os testes de hipóteses desenvolvidos neste trabalho consideraram uma significância de 5%. As análises foram feitas via ANOVA one way seguida pelo teste post hoc de Tukey. Resultados: para ingestão o grupo dieta padrão apresentou maior consumo, logo, ganhando mais peso quando comparado ao dieta padrão com cravo da índia. Nos grupos de dieta hiperlipídica, observa-se que a dieta foi eficiente para o ganho de peso, pois ao comparar com os grupos de dieta padrão tiveram maior ganho de peso, apesar do grupo dieta padrão ter apresentado maior ingestão. Para as gorduras retroperitoneal e epididimal, essas não se diferiram entre os grupos de dieta padrão e nos grupos de dieta hiperlipídica foram maiores no grupo suplementado. Na gordura marrom, o suplemento não se mostrou eficaz. Para a histologia foi possível observar que o cravo da índia foi eficiente em prevenir o acúmulo de gordura hepática. Quanto a microbiota observou-se melhora através do aumento no filo Bacteroidetes nos grupos suplementados. Conclusão: o cravo da índia pareceu melhorar um filo benéfico na microbiota intestinal dos grupos suplementados e aparentou exercer efeito protetor no fígado dos grupos de dieta hiperlipídica, apesar de não prevenir o ganho de peso e o aumento de gordura corporal. Também não promoveu melhora no metabolismo glicídico e lipídico. |