Alterações da microbiota intestinal após uso de fitoterápicos em indivíduos com sobrepeso e obesidade: revisão sistemática
Ano de defesa: | 2022 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Instituto de Nutrição Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Alimentação, Nutrição e Saúde |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/19770 |
Resumo: | Introdução: A obesidade está associada a uma série de comorbidades, sendo uma das principais causas de morte no mundo. A fitoterapia tem sido um tratamento menos oneroso e cada vez mais aplicada no tratamento contra a obesidade. Com o advento da bioinformática, microbiota intestinal tem revelado estar relacionada com a patogênese da obesidade. Discutir e descobrir os possíveis efeitos da fitoterapia na microbiota intestinal da população com excesso de peso pode abrir novas fronteiras na reversão e/ou minimização de processos obesogênicos. Objetivo: sistematizar estudos que avaliaram os efeitos da fitoterapia na microbiota intestinal de pessoas com sobrepeso e com obesidade e identificar os desfechos relacionados à antropometria e aos biomarcadores laboratoriais disponíveis. Métodos: Foi realizado um estudo de revisão sistemática norteado pela questão: “O uso da fitoterapia altera a composição da microbiota intestinal de pessoas com obesidade?” Os ensaios clínicos randomizados foram identificados e selecionados a partir de pesquisa em bases de dados eletrônicas. Os critérios de inclusão foram definidos pela estratégia PICOS (pacientes, intervenção, comparação, desfechos, desenho de estudo). A estratégia de busca usou a combinação de termos e palavras chaves relacionados à fitoterapia, microbiota intestinal e obesidade. Dois revisores realizaram de forma independente a triagem e seleção dos estudos, a extração de dados e avaliação do risco de viés. Resultados: Foram identificados 803 registros nas bases de dados. Após a remoção das publicações com duplicatas, leitura do título e/ou resumo, 13 publicações foram avaliadas integralmente, dos quais 5 foram consideradas elegíveis. Os fitoterápicos analisados foram: Moringa oleifera, Scutellaria baicalensis, Schisandra chinensis e Punica granatum. A análise da microbiota intestinal dos ensaios clínicos apresentou alta heterogeneidade taxonômica entre si, não sendo possível estabelecer parâmetros comparáveis. Os efeitos da Schisandra chinensis e da Scutellaria baicalensis na microbiota intestinal do grupo intervenção resultaram em alterações em determinados gêneros e espécies de bactérias, porém de forma diversa para cada participante. Nos artigos que analisaram a microbiota intestinal não houve alteração da diversidade bacteriana. Tampouco houve alterações significativas na antropometria e nos biomarcadores laboratoriais da população que recebeu a intervenção com os fitoterápicos. Conclusão: O presente trabalho revela que ainda são incipientes os ensaios clínicos envolvendo a fitoterapia, a microbiota intestinal e a obesidade. Estudos mais estratificados podem evitar a interferência de fatores confundidores e permitir novas descobertas sobre os efeitos da fitoterapia em dosagens e tempo de intervenção mais longos. |