Avaliação do efeito do consumo de Bifidobacterium animalis lactis HN019 no controle metabólico, microbiota intestinal e na resposta imunológica de indivíduos com diabetes tipo 2

• Ano de defesa: 2024
• Autor(a) principal: Folconi, Fabiana Tannihão
• Tipo de documento: Tese
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
• Palavras-chave em Português: Diabetes tipo 2; Intestinal microbiota; Microbiota intestinal; Probióticos; Probiotics; Type 2 diabetes
• Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17162/tde-12042024-105637/

O diabetes mellitus é um distúrbio metabólico crônico caracterizado por hiperglicemia. Estudos vêm demonstrando uma relação importante entre o desenvolvimento de diabetes tipo 2 (DM2) e a microbiota intestinal. A microbiota é um ecossistema complexo e abundante, composto por microrganismos que vivem de forma simbiótica no trato gastrointestinal humano. A eubiose perturbada dos filos de bactérias desencadeia respostas inflamatórias subsequentes características do DM2. A suplementação com probiótico tem apresentado efeitos benéficos sobre parâmetros metabólicos em indivíduos com DM2. Portanto, objetivou-se avaliar o efeito do consumo de Bifidobacterium animalis lactis HN019 (B. lactis HN019) no controle metabólico, microbiota intestinal e resposta imunológica de indivíduos com DM2. Oito indivíduos com DM2 receberam B. lactis HN019 ou placebo por 12 semanas. Amostras de sangue foram coletadas para avaliar perfil glicêmico e lipídico, e também para determinação da resposta imunológico por meio das citocinas TNF-α, IL-6, IL-10 e IFN-γ. Amostras de fezes foram utilizadas para determinação da abundância relativa de gêneros bacterianos dos filos Firmicutes, Bacteroidetes, Actinobacteria, Proteobacteria e Verrucomicrobia. O consumo do probiótico B. lactis HN019 por indivíduos com DM2 durante 12 semanas foi capaz de reduzir os níveis da citocina IFN-γ, associado a um aumento de bactérias do filo Verrucomicrobia e Firmicutes. Além de ter sido observada uma redução de aproximadamente 11% do teor de carboidratos em relação ao valor calórico total diário. São necessárias mais pesquisas, a fim de aumentar o tamanho da amostra para que forneçam evidências mais fortes em relação ao consumo de probióticos em condições de diabetes.