Avaliação da toxicidade pré-natal : estudo de teratogenicidade (segmento II) da oleuropeina em ratos Wistar

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Seberino, Gisele Barcelos
Orientador(a): Mello, Joao Roberto Braga de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/241754
Resumo: A Olea europaea pertence à família das Oleaceas, e é uma planta conhecida mundialmente pela produção de azeite. E a oleuropeina é o principal constituinte da Oliveira (Olea europaea). Seus benefícios como sua atividade antimicrobiana, antioxidante, anticancerígena, sua eficácia no tratamento de doenças crônicas como alterações cardiovasculares e diabetes, vêm sendo estudada há muitas décadas por cientistas do mundo inteiro. Considerando-se escassos os dados disponíveis sobre a toxicidade do uso da oleuropeina em fêmeas gestantes, este trabalho tem como objetivo a avaliação da toxicidade pré-natal em ratas Wistar e detecção de possíveis malformações externas e alterações esqueléticas na progênie exposta durante a fase da organogênese. Os animais foram divididos em quatro grupos experimentais: G1 (oleuropeina 500mg/kg-1), G2 (oleuropeina 1000mg/kg-1), G3 (oleuropeina 2000mg/kg-1) e GC (controle). As fêmeas foram tratadas por gavagem, com auxílio de sonda orogástrica, do 6º ao 15º dia de gestação, conforme segmento II, recomendados pela Organization for Economic Cooperation and Development (2001) e Food and Drug Administration (1994). Durante a gestação, as progenitoras foram monitoradas quanto às alterações de massa corporal relativa, consumo de água e ração. No 21º dia de gestação, as fêmeas foram eutanasiadas para avaliação reprodutiva, teratogênica e de variáveis sistêmicas. Os fetos foram avaliados quanto à embriotoxicidade e à presença de malformações externas e alterações esqueléticas. Os resultados demonstraram que apesar de não terem apresentado diarréia, piloereção, tremores, hemorragias ou outras alterações sistêmicas, o grupo que recebeu 2000 mg/kg-1 demonstrou um grau de toxicidade materna. Não foram detectadas alterações teratogênicas, nem malformações externas nos fetos avaliados, no entanto, ficou evidente que os animais tratados com oleuropeina apresentaram aumento significativo de alterações esqueléticas sugestivas de retardo de desenvolvimento ósseo. Diante dos resultados encontrados pode-se concluir que o uso de oleuropeina na fase de organogênese em progenitoras de ratos Wistar, pode provocar um retardo no desenvolvimento ósseo dos fetos. Além de apresentar um potencial de toxicicidade materna na dose de 2000 mg/kg-1. Frente aos resultados obtidos com o presente trabalho, é recomendado cautela no uso de oleuropeina nas doses de 500 a 2000mg/kg em fêmeas no período de gestação.