Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Breunig, Raquel Luísa |
Orientador(a): |
Mello, Joao Roberto Braga de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/221690
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Resumo: |
A Olea europaea L. (oliveira) é uma árvore frutífera, originária do mediterrâneo e disseminada por diversos países, incluindo o Brasil, onde seu cultivo encontra-se em ascensão. É considerada um dos cultivares mais antigos do planeta, sendo reconhecida por sua ampla gama de atividades biológicas, as quais são atribuídas aos seus compostos fenólicos. A oleuropeína é o composto fenólico majoritário da Olea europaea L., presente em grandes concentrações na planta. Com o objetivo de determinar a segurança no uso dessa substância, o presente estudo avaliou o potencial de toxicidade crônica e reprodutiva da oleuropeína, sobre a fertilidade e o desenvolvimento ponderal de ratos Wistar machos e fêmeas, sendo o segmento I de um estudo mais amplo, composto por 3 segmentos. Constituíram-se quatro grupos experimentais compostos por 30 fêmeas e 10 machos cada: CN (controle negativo – água destilada), G1(oleuropeína 500 mg/kg/dia), G2 (oleuropeína 1000 mg/kg/dia) e G3 (oleuropeína 2000 mg/kg/dia). Os machos foram tratados antes (70 dias) e durante o acasalamento (21 dias), e as fêmeas antes (14 dias) e durante o acasalamento (máximo de 21 dias), gestação (21 dias) e lactação (21 dias). Para identificar alterações toxicológicas nos animais, foram avaliados: consumo relativo de água e ração, evolução do peso corporal, peso relativo dos órgãos e histopatologia, taxas reprodutivas e sinais de toxicidade. Nos machos foi avaliado ainda, dosagem de testosterona, número e morfologia espermática. Os resultados não demonstraram prejuízos nos parâmetros reprodutivos avaliados em nenhum grupo tratado, contrariamente nos machos, foram observados aumentos significativos na produção diária de espermatozoides em G2 (275,59 ± 27,20) e G3 (261,94 ± 47,84). O G2 também apresentou as maiores dosagens de testosterona (6,47±1,42) e menor número de espermatozoides anormais (5,61 ± 0,69). Nas fêmeas, o G2 apresentou elevação nas taxas de gestação (95,85%) e natalidade (100%). Os machos dos três grupos tratados com oleuropeína apresentaram aumento do peso relativo do fígado (G1 = 3,92 ± 0,11; G2 = 3,89 ± 0,09; G3 = 4,29 ± 0,16), quando comparados ao grupo controle (3,31 ± 0,10), todavia não foram observadas alterações histopatológicas hepáticas ou em qualquer outro órgão avaliado. Foram observadas oscilações nos consumos de água e alimento dos três grupos experimentais durante esse estudo, mais evidenciado nos animais do G3 no início do período pré-acasalamento, onde machos e fêmeas tiveram menores consumos de alimento e menores ganhos de peso, diminuições que não se mantiveram ao longo do tempo bem como não ocorreram outras alterações sistêmicas, sugerindo uma adaptação por parte dos animais. Ninhadas mais leves ao nascer foram observadas em G2 (6,90 ± 0,05) e G3 (6,52 ± 0,07), além disso, as fêmeas de G3 tiveram menor ganho de peso durante os últimos dias do período gestacional, sinais que podem sugerir toxicidade materna. Esses resultados fazem da oleuropeína uma substância promissora devido a sua ação benéfica sobre parâmetros de fertilidade masculina, todavia sugere-se cautela no seu uso durante o período gestacional, especialmente em altas doses. |