Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, Muriel Rodrigues Ferraz de |
Orientador(a): |
Mello, Joao Roberto Braga de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/223945
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Resumo: |
A oleuropeína é o composto fenólico majoritário nas folhas da oliveira e tem sido apontada como responsável pela maioria dos atributos terapêuticos da planta. Apesar dos inúmeros estudos a respeito dos benefícios da utilização da oliveira e seu composto majoritário, a oleuropeína, poucos são os dados na literatura referentes a sua toxicidade. Tendo em vista a importância de se verificar a toxicidade reprodutiva deste composto fenólico, nesse estudo foram investigados os efeitos da oleuropeína na prole de ratas Wistar, a partir da exposição durante os períodos de gestação e lactação as doses de 2000 mg/kg/dia (G1), 1000 mg/kg/dia (G2) e 500 mg/kg/dia (G3), e um grupo controle negativo que foi exposto a água destilada (CN). A progênie foi avaliada quanto ao seu desenvolvimento físico e sexual, por meio da observação visual das seguintes características: penugem, descolamento dos pavilhões auriculares, pelo, erupção dos dentes incisivos, abertura dos olhos, separação prepucial e abertura do canal vaginal. O desenvolvimento motor foi avaliado por meio de testes de reflexo, como: teste de endireitamento em superfície, geotaxia negativa e resposta ao agarrar. Foram realizados os testes de comportamento em campo aberto, para avaliação de ansiedade, e comportamento sexual, para avaliação de taxas reprodutivas. Foram analisados, ainda, o peso relativo dos órgãos e, nos machos, número e morfologia espermática. Os animais dos grupos G1 e G2 abriram os olhos mais tarde em comparação ao grupo controle (P<0,01), o G3 apresentou atraso no descolamento do pavilhão auricular (P<0,001), porém a característica de erupção de dentes incisivos foi precoce neste grupo em comparação ao grupo controle (P=0,023). Os animais do grupo G1 também apresentaram atraso na separação prepucial (P<0,001). No dia pós-natal 7 e 8 os animais dos grupos G1 e G2 demoraram mais para reorientarem-se no reflexo de geotaxia negativa (P<0,001), os mesmos grupos permaneceram menos tempo agarrados no 14º dia pós-natal (P<0,001). Os animais do grupo G1 (4,79 ±0,44) apresentaram uma maior porcentagem de anormalidades na morfologia espermática, em comparação ao grupo controle negativo (2,17±0,33). O G3 (27,09±3,63) também permaneceu mais tempo nos quadrantes centrais no teste de campo aberto quando comparado ao grupo controle (15,38±1,68). Nossos resultados demonstram que a exposição à oleuropeína interferiu no desenvolvimento físico e reprodutivo da progênie, o que limita sua recomendação durante os períodos gestacional e lactacional, especialmente em altas doses. Contribuindo com a elucidação de algumas questões referentes a segurança do seu uso como agente terapêutico. |