Educação feminista na universidade pública : experiências do protagonismo das mulheres no contexto brasileiro e argentino

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Marcarini, Camila Tomazzoni
Orientador(a): Genro, Maria Elly Herz
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Espanhol:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/265386
Resumo: A presente tese apresenta contribuições para a educação feminista que emergem da análise de sete entrevistas realizadas com professoras brasileiras e argentinas, protagonistas de experiências de formação feminista em universidades públicas nos dois países. Foram analisadas quatro experiências: do Grupo de Estudo e Pesquisa Interdisciplinar Lélia Gonzalez da Universidade Federal do Rio Grande (FURG); do Grupo de Estudo e Pesquisa em Educação, Gêneros, Feminismos e Interseccionalidade (Gepegefi) da Universidade Federal do Pará (UFPA); do curso de “Diplomatura de Extensión en la Educación Sexual Integral” protagonizado pelo Grupo de Pesquisa Mariposas Mirabal, vinculado à Faculdade de Filosofia e Letras (FFyL) da Universidade de Buenos Aires (UBA); e da “Escuela Itinerante de Género”, programa da Unidade Central de Políticas de Gênero (UNICEPG) da Universidade Nacional de Córdoba (UNC). Para refletir sobre a universidade no Brasil e Argentina contei com contribuições Chauí (2001), Dias Sobrinho (2010, 2015) e Lamarra (2004, 2016). A compreensão da atualidade do patriarcado e suas relações com o sistema colonial e capitalista ocorreu a partir das contribuições de Saffioti (2015), hooks (2019), Gonzalez (2020) e Federici (2017). A pesquisa é de natureza qualitativa e utiliza a abordagem da hermenêuticadialética. A partir das contribuições de Minayo (2014) construí cinco unidades de sentido que agrupam ideias potentes de uma educação feminista: a) A formação na família: do incômodo à transgressão; b). A cura a partir da teoria, prática, afeto e acolhimento feministas; c) Educação feminista como exercício de reflexão crítica e coerência entre teoria e prática; d) Novas formas de construir o conhecimento a partir do reconhecimento das mulheres e da pedagogia feminista; e) O exercício da construção da unidade dentro da diversidade. As experiências investigadas ocorrem no ensino, pesquisa, extensão e gestão universitária. Os espaços formativos mostraram-se acolhedores e colaborativos, construídos em parceria com o movimento feminista e outros movimentos sociais. A partir das experiências é possível destacar a potência das contribuições do feminismo para oxigenar a formação humana, em uma perspectiva ética e política. As reflexões sobre a educação feminista relacionam-se com a problematização e superação do sistema patriarcal, colonial, capitalista, e da condição de desigualdade e violência que vivem muitas mulheres em todo o mundo.