Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Marcarini, Camila Tomazzoni |
Orientador(a): |
Genro, Maria Elly Herz |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Espanhol: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/172196
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Resumo: |
A presente dissertação apresenta contribuições das estudantes universitárias para pensar a universidade e sua formação, a partir de uma perspectiva feminista. As estudantes auto-organizadas têm sido responsáveis pelo fortalecimento do feminismo no movimento estudantil, universidade e sociedade. Uma importante contribuição é a reflexão sobre os processos de formação, a partir de uma visão crítica da universidade. A auto-organização é espaço de protagonismo coletivo das estudantes, e lugar singular de formação humana, ética, política, profissional. O objetivo do trabalho foi aproximar feminismo e universidade, possibilitando um olhar crítico das marcas do patriarcado na vida das mulheres, na sociedade e na universidade. A temática mostrou-se relevante para resgatar e potencializar o papel da universidade na superação das desigualdades sociais. As estudantes são protagonistas dos espaços de auto-organização, como os Encontros de Mulheres Estudantes da União Nacional de Estudantes (UNE) - (EMEs), e no combate ao machismo dentro do movimento estudantil. O protagonismo das estudantes feministas fortalece a presença e participação política das mulheres, auxilia na compreensão dos impactos do patriarcado em suas vidas, ressignifica os papéis sociais de mulheres e homens. As fontes de pesquisa foram seis entrevistas com as Diretoras de Mulheres da UNE, e as Cartas dos EMEs no período de 2003 a 2015. Para a realização da pesquisa utilizei as abordagens metodológicas do estudo de caso ampliado/estendido, de Burawoy (2014), e a pesquisa participante de Brandão e Streck (2006). Algumas autoras e autores, como Santos, B. (2005), Faria (2005), Perrot (2015), Silva (2014), entre outras e outros, contribuíram para pensar a universidade, o feminismo e a formação humana. As estudantes apresentam reivindicações, como a criação de ouvidorias nas universidades que atendam os casos de violência, a revisão dos currículos e da formação oferecida, políticas de assistência estudantil atentas às especificadas das estudantes e a realidade da divisão sexual do trabalho. Reafirmar a relação entre patriarcado, capitalismo, racismo e colonialismo é fundamental para pensar o papel da universidade e da formação humana na superação das desigualdades sociais. |