Avaliação da saúde metabólica em diferentes momentos após diagnóstico do câncer de mama em mulheres na pós menopausa

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Buttros, Luciana
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/237137
Resumo: RESUMO Objetivo: Avaliar a associação entre o tempo de seguimento oncológico com a saúde metabólica de mulheres na pós-menopausa com de câncer de mama. Métodos: Estudo clínico transversal incluindo mulheres com idade ≥ 45 e < 75 anos, data da última menstruação há pelo menos um ano, diagnóstico histológico de câncer de mama, sem doença metastática e sem doença cardiovascular (DCV) estabelecida. As mulheres foram distribuídas em três grupos, sendo 241 no momento do diagnóstico (T0), 94 com 4 anos de seguimento (T4) e 104 com 9 anos de seguimento (T9). As pacientes foram pareadas por idade e tempo de menopausa. Foram realizadas análises clínicas, antropométricas e bioquímicas. Foram consideradas como critérios da saúde metabólica: obesidade (IMC  30kg/m2), hipertensão arterial ( 130x85mmHg), triglicerídeos 150mg/dL; HDL <50mg/dl; glicemia > 100mg/dl e a presença da síndrome metabólica (SM) (critérios NCEP ATPIII). A comparação entre os grupos foi realizada pelo teste de associação do Qui-quadrado, testes não paramétricos de Mann-Whitney e Kruskall-Wallis. A análise de comparações múltiplas foi realizada pelo teste de Dunn. Resultados: A média etária por grupo foi de 58,4 ± 11,3 anos em T0, 59,7 ± 9,2 anos em T4 e 60,7 ± 8,6 anos em T9 (p=0,134). As pacientes tinham sobrepeso em T0 e T4 e obesidade em T9, apresentando diferença significativa (p=0,029). O grupo T9 apresentou a maior média de triglicerídeos e pressão arterial sistólica (p=0.032 e p=0.003, respectivamente). Na avaliação da ocorrência da SM, não foi observada diferença entre os grupos (p=0.409). Em relação ao número de critérios alterados da SM, entre todas as mulheres participantes, 12,1% não apresentaram nenhum critério, 21,2% apenas 1 critério, 21,2% 2 critérios e 45,6% apresentaram 3 ou mais critérios alterados. O grupo T9 apresentou a maior ocorrência de hipertrigliceridemia (47,1%, p=0,014), hipertensão arterial (61,5%, p=0,002) e obesidade (76,9%, p=0,029). Na análise de risco, as pacientes com pelo menos 9 anos de seguimento (T9) apresentaram maior risco para desenvolver hipertrigliceridemia (OR:1.67, IC:1.04-2.66, p=0.032) e hipertensão arterial (OR:2.04, IC:1.27-3.26, p=0.003) quando comparadas aos grupos T0 e T4. Conclusão: Mulheres na pós-menopausa com câncer de mama com nove anos de seguimento apresentaram piora na saúde metabólica pelo maior risco de hipetrigliceridemia, hipertensão arterial e obesidade quando comparadas com mulheres com menor tempo de seguimento oncológico. Palavras-chaves: Câncer de mama; Saúde Metabólica; Síndrome Metabólica; Obesidade.