Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Prado, Vanildo |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/217346
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Resumo: |
Introdução: Pacientes com câncer de mama apresentam maior risco de ganho de peso e síndrome metabólica (SM), com piora da sobrevida global e específica. A intervenção com equipe interdisciplinar pode influenciar no prognóstico. Objetivo: Avaliar a ocorrência da síndrome metabólica e seus componentes em mulheres durante o primeiro ano após o diagnóstico do câncer de mama. Métodos: Estudo clínico prospectivo, de centro único, que incluiu mulheres com diagnóstico recente de câncer de mama, idade ≥ 40 anos, diagnóstico histológico de câncer de mama, sem doença metastática e sem doença cardiovascular (DCV) estabelecida. Dados clínicos e antropométricos (pressão arterial, índice de massa corporal/IMC e circunferência da cintura) foram coletados por meio de entrevista e exame físico. Para análise bioquímica foram solicitados HDL, triglicerídeos (TG) e glicose. Foram consideradas com SM, mulheres que apresentaram três ou mais critérios diagnósticos: circunferência da cintura (CC) > 88 cm; TG 150 mg/dL; HDL < 50 mg/dL; pressão arterial 130/85 mmHg; glicose 100 mg/dL. As medidas foram realizadas em três momentos: primeira consulta oncológica (T0m), seis meses (T6m) e 12 meses (T12m). As pacientes foram submetidas a avaliação e acompanhamento interdisciplinar (nutricional e psicológico) conforme a rotina do serviço. Para análise estatística foram empregados o teste de McNemar na comparação entre os momentos e teste Qui-quadrado de tendência. Resultados: Foram incluídas 72 mulheres com câncer de mama, com média de idade de 58,4 10,7 anos e 83,3% na pós-menopausa. O perfil oncológico das pacientes foi de doença em estádio inicial (94,4% estádio I e II) com perfil imunohistoquímico favorável (79,1% receptor de estrogênio positivo, 72,2% receptor de progesterona positivo e 86,1% HER2 negativo). Na avaliação da SM não foi observada diferenças na ocorrência entre os três momentos, com 37.5% das pacientes com SM no diagnóstico, 43% aos 6 meses e 44,4% aos 12 meses (p=0.332). Foi observada diferença significativa na ocorrência da hipertrigliceridemia (TG 150 mg/dL) de 25% em T0m, 36,1% em T6m e 44,4% em T12m (p<0.05). Não se identificou aumento nos critérios de obesidade (IMC30mg/m2 e circunferência da cintura/CC > 88cm) no período estudado, com IMC médios de 28.9kg/m2, 28.8kg/m2 e 28.8kg/m2 e de CC de 97.2cm, 97.2cm e 96.7cm, nos momentos T0, T6 e T12, respectivamente (p>0.05). Na comparação dos critérios individuais da SM entre os três momentos de avaliação, observou-se apenas diferença estatística nos critérios triglicerídeos e glicemia. A análise da glicemia demonstrou diminuição dos valores médios, de 106.6 mg/dL em T0m, 100.4 mg/dL em T6m e 98.9mg/dL em T12m (p=0.004). Em relação aos TG observou-se aumento dos valores médios, de 121mg/dL em T0m, 139.4 mg/dL em T6m e 148.4 mg/dL em T12m (p=0.003). Conclusão: Mulheres com câncer de mama submetidas a avaliação interdisciplinar não apresentaram aumento na ocorrência de SM durante o primeiro ano após o diagnóstico do câncer. Entre os componentes da SM, observou-se redução nos valores de glicemia e aumento nos valores de triglicerídeos. |