Perfil metabólico de mulheres não obesas com câncer de mama na pós-menopausa

• Ano de defesa: 2023
• Autor(a) principal: Silva Filho, Pedro Paulo Perroni da
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
• Palavras-chave em Português: Câncer de mama; Síndrome metabólica; Disfunção metabólica; Obesidade; Menopausa; Breast cancer; Metabolic Dysfunction; Metabolic Syndrome; Obesity; Menopause
• Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/250202

Objetivo: Avaliar o perfil metabólico de mulheres não obesas com câncer de mama na pós-menopausa comparadas às mulheres não obesas sem câncer de mama. Métodos: Realizou-se estudo clínico de corte transversal. No grupo de estudo foram incluídas 130 mulheres não obesas com diagnóstico histológico de câncer de mama, estádios I a III, idade entre 45-75 anos, em amenorreia ≥ 12 meses e sem doença cardiovascular (DCV) estabelecida. O grupo controle foi constituído de 130 mulheres com os mesmos critérios de inclusão, sem câncer de mama. Os grupos foram pareados por idade e tempo de menopausa e comparados na proporção de 1:1. Foram coletados dados clínicos, antropométricos [índice de massa corpórea (IMC) e circunferência da cintura (CC)] e bioquímicos. Foram consideradas com síndrome metabólica (SM) as mulheres que apresentaram três ou mais critérios diagnósticos: CC > 88 cm; triglicerídeos (TG)  150 mg/dL; HDL colesterol < 50 mg/dL; pressão arterial  130/85 mmHg; glicose 100 mg/dL. Para análise estatística foram empregados o teste t-student, a Distribuição Gama (variáveis assimétricas), o teste do Qui-quadrado e a regressão logística (odds ratio-OR). Resultados: Na comparação entre as características clínicas, observou-se que mulheres com câncer de mama apresentaram maiores médias nos valores de pressão sistólica e diastólica e de glicemia quando comparadas ao controle (p<0.05). Na avaliação dos fatores que influenciam o perfil metabólico foi observada maior ocorrência de SM e de elevação da pressão arterial entre as mulheres tratadas de câncer mama quando comparadas ao controle (30.8% vs 20.0%, e 25.4% vs 14.6%, respectivamente) (p<0.05). E maior porcentagem de mulheres tratadas de câncer de mama apresentava valores acima dos desejáveis de colesterol total e glicemia na comparação com o grupo controle (56.2% vs 43.1% e 29.2% vs 15.4%, respectivamente) (p<0,05). Na análise de risco do perfil metabólico, ajustada para idade e tempo de menopausa, as mulheres com câncer de mama apresentaram risco significativamente maior para SM (OR=2.76, IC 95% 1.48-5.15), e elevação da glicemia OR=2.69, IC 95% 1.46-4.96) e da pressão arterial (OR=3.03, IC 95% 1.51-6.10). Conclusão: Mulheres com câncer de mama não obesas apresentaram maior risco para SM, hipertensão e diabetes, com pior perfil metabólico quando comparadas as mulheres não obesas na pós-menopausa sem câncer de mama.