Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Borges, Gerson Antonio Barbosa |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/204827
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Resumo: |
O agronegócio, em seus complexos em rede e complexos de sistemas expressos no atual regime alimentar corporativo, fortaleceu-se ainda mais como modelo hegemônico de desenvolvimento territorial no Brasil nesta fase neoliberal do capitalismo. O Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA) vem construindo e vivenciando um outro modelo de desenvolvimento territorial: o Plano Camponês. Esse Plano é um projeto de desenvolvimento territorial antagônico ao regime alimentar corporativo. Através da geografia crítica, do debate paradigmático e das categorias Espaço e Território, esta pesquisa buscou identificar os elementos que caracterizam o MPA como um movimento socioterritorial. No transcorrer desta investigação, apresentamos a gênese do Plano Camponês e as significações dos seus eixos estruturantes: Campesinato, História e Memória; Terra e Território; Soberania; Novas Bases Produtivas; e Nova Geração Camponesa com Protagonismo Feminista. Trabalhamos com as experiências do Plano Camponês no estado do Rio Grande do Sul e pesquisamos e exteriorizamos as ações do Plano e as conflitualidades a partir dos Centros Territoriais de Cooperação, os quais acreditamos que estabelecem as conexões do Plano nas diversas escalas e dimensões do território. Nos amparamos em leituras e sistematizações de obras de pensadores de geografia, questão agrária, sociologia, economia, história, ecologia e filosofia, além de escritos da militância dos movimentos socioterritoriais. Coadunadas aos exercícios teóricos, realizamos atividades de campo por meio de pesquisa militante, construindo diálogos entre iguais, referentes aos problemas, desafios e êxitos vivenciados cotidianamente pelo movimento socioterritorial na construção do Plano Camponês. A fim de contribuir para os estudos da questão agrária no Brasil, identificamos novas experiências de desenvolvimento territorial e as conflitualidades existentes entre projetos antagônicos de desenvolvimento. Por fim, concluímos que a construção de um projeto de desenvolvimento territorial elaborado por movimentos socioterritoriais é possível e já vem ocorrendo, como no caso do MPA com o Plano Camponês. Todavia, os avanços e rupturas em relação ao atual modelo de desenvolvimento hegemônico dependem das lutas de hoje e de amanhã, assim como o alcance das dimensões e escalas. Dessa maneira, as transformações profundas se apresentam como uma esperança em movimento. |