Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Scarabeli, Vanderly |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/194105
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Resumo: |
As disputas por territórios e por modelos de desenvolvimento compõem uma conflitualidade no campo brasileiro. Permeadas por interesses de classes sociais antagônicas, imprimem uma dinâmica de avanços e recuos, tensionadas pelas contradições num movimento permanente que territorializa e desterritorializa concepções e práticas de produção, de relação com o meio ambiente e com as relações humanas. O que chamamos de disputas por territórios e por modelos de desenvolvimento refere-se tanto à luta pela terra e pela reforma agrária no enfrentamento com o latifundiário e com o agronegócio quanto às políticas públicas, planos e projetos de desenvolvimento da agricultura camponesa, com destaque para a Agroecologia, Segurança Alimentar e Soberania Alimentar. Esta conflitualidade tem como conceito central o território, categoria de análise geográfica fundamental para compreender os espaços da luta de classes, onde se disputam os recursos naturais e valores humanos guiados por projetos societários antagônicos. Nosso objetivo nesse trabalho foi aprofundar o conhecimento sobre essas disputas e modelos de desenvolvimento e analisar os impactos socioterritoriais das ações de diversas instituições, na perspectiva de conservar ou alterar os territórios em disputa, nesse caso, o campo mato-grossense. Elegemos como estudo de caso as práticas agroecológicas do Assentamento 14 de Agosto, situado no Município de Campo Verde, Estado de Mato Grosso, por ser uma das primeiras conquistas no contexto de expansão nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – MST, nesse estado. Nossa intenção foi a de compreender como é possível produzir alimentos para o mercado interno na perspectiva da segurança e da soberania alimentar, diante de um modelo que produz predominantemente monocultura para exportação, no estado que é o maior expoente do agronegócio nacional. Neste estudo, utilizamos o conceito de conflitualidade para aprofundar as análises das disputas territoriais a partir de dois modelos de desenvolvimento da agricultura: agronegócio e agroecologia. |