Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Cristancho Garrido, Hellen Charlot |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
spa |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/190911
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Resumo: |
Esta pesquisa teve como objetivo compreender o processo de construção de territórios camponeses nas denominadas Zonas de Reserva Camponesa (ZRC) na Colômbia; e seu potencial para garantir a existência de território camponês nas zonas de colonização, como em zonas em que as comunidades organizadas estão solicitando a aplicação da figura jurídica para seus territórios. Nossa premissa é que as ZRC derivam do problema agrário não resolvido, surgem como resultado da mobilização camponesa pelo acesso à terra e como possibilidade de desencadear processos de desenvolvimento alternativos àqueles impostos pelo modelo de desenvolvimento dominante. A fundamentação teórica teve como centralidade o debate da questão agraria, a categoria de território e o conceito de território camponês. Para a análise empírica foram selecionadas a ZRC de El Pato-Balsillas, município de San Vicente del Caguán, departamento del Caquetá, e a ZRC de Inzá-Tierradentro, município de Inzá, departamento del Cauca. A estratégia metodológica pautou-se na produção de informação a partir de análise documental, a realização de visitas de campo e entrevistas semiestruturadas a uma mostra qualitativamente escolhida de pessoas envolvidas na conformação e funcionamento das ZRC. Ainda que o olhar buscou focar o campesinato como sujeito coletivo, tomou-se a opção de reconstruir e analisar as trajetórias de suas expressões organizadas, nas associações que lideram a luta para manter a ZRC. Como resultado concluímos que é certo que a reclamação central das organizações camponesas que lideram as ZRC é que o Estado cumpra as disposições emanadas da Lei 160 de 1994 (Lei de Reforma Agrária), mas o fato de que as comunidades se organizem para conseguir a ZRC já constitui o fator fundamental de sua luta pelo território, além da efetividade legal da figura. Contudo, a territorialização camponesa é permanentemente exercida através de múltiplas estratégias e relacionamentos diferenciados com as instituições do Estado (municipal, departamental e nacional), assim como em diferentes plataformas/redes organizativas nas escalas regional e nacional. Na discussão de resultados problematizamos a “encruzilhada” das comunidades camponesas, as quais na procura de seu reconhecimento político reivindicam a autonomia territorial e enfrentam os conflitos derivados do ordenamento jurídico do território e da sua articulação subordinada ao mercado capitalista. |