Neofascismo à brasileira: do sistema político à máquina de propaganda e desinformação

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Salvador, Vanessa Cristina
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/216526
Resumo: Esta dissertação apresenta um estudo sobre a ascensão do neofascismo no Brasil a partir das eleições de 2018, investigando desde o sistema político até a máquina de propaganda e desinformação que alimenta o fenômeno. Este estudo justifica-se pela crise política de grandes proporções que tomou conta do Brasil a partir de junho de 2013, iniciada com protestos de rua contra o aumento das tarifas de ônibus e, rapidamente, se transformando em manifestações contra o governo federal. Desde então, as mídias sociais digitais, que antes eram utilizadas para conectar pessoas com interesses em comum e compartilhar conhecimento, tornaram-se ambientes com debates cada vez mais polarizados, próprios para a disseminação de desinformação e discursos de ódio. Foram estudados conceitos que serviram de base para a dissertação, como a crise da democracia representativa, a ascensão de líderes autoritários, o fascismo clássico, o capitalismo de vigilância, as Big Techs, a economia da atenção e, finalmente, o fenômeno da pós-verdade no meio digital. O objetivo da dissertação foi constatar como funciona a máquina de propaganda política e de desinformação em atividade no país. Esta pesquisa, de caráter exploratório, adota como procedimento metodológico o estudo do caso, através de revisão bibliográfica e conversas com pesquisadores da área. Os resultados apontam para um ambiente virtual cada vez mais divisivo e alimentado por guerras informacionais, que pode não só levar líderes com tendências autoritárias ao poder, como permitir que eles colapsem a democracia caso sejam reeleitos. Por isso, foi necessário listar os atores usuais responsáveis pelo caos informacional e investigar como a arquitetura das grandes plataformas ajudam a disseminar conteúdos desinformativos e isolar os usuários em bolhas virtuais. Espera-se, com o resultado deste estudo, que novas pesquisas sejam desenvolvidas sobre o tema, tendo em vista a eleição presidencial de 2022 que deve ser fundamental para a sobrevivência da democracia brasileira.