Faces do extremo: uma análise do neofascismo nos Estados Unidos da América 1970-2010

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Poggi, Tatiana
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Niterói
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/13275
Resumo: Esta tese propõe-se a desenvolver um trabalho de análise e comparação entre três organizações neofascistas norte-americanas - National Alliance, White Aryan Resistance e Aryan Nations - de forma a compreender a diversidade de estratégias de ação e mobilização política dentro de um mesmo campo político-ideológico, o neofascismo. Nesse sentido, serão analisados os materiais de mídia produzidos pelas organizações, que visam construir consciência, promovendo uma visão de mundo racista, xenófoba, autoritária e violenta. A prática social das organizações será investigada não apenas pelo discurso construído por elas nos materiais de mídia, mas também a partir de documentos ligados à prevenção e combate dos crimes de ódio [hate crimes], produzidos por instituições públicas e privadas. Tomando com elemento estruturador as referências teóricas de Antonio Gramsci, buscaremos compreender o processo de expansão do conservadorismo, em suas vertentes neoliberal, segregacionista e neofascista, bem como a multiplicação de aparelhos privados e projetos políticos alinhados com elas no seio da sociedade norte-americana contemporânea. Parte-se da hipótese de que a crise do reformismo e o concomitante o processo histórico de rearticulação das forças conservadoras atingiram um ponto crítico nos anos 1960 e 1970. As reações às políticas de inclusão civil-democrática, bem como as mudanças observadas no mercado de trabalho, trazidas com a crise do padrão de acumulação fordista, e o decorrente depauperamento econômico vivenciado por setores dominados, catapultaram a vitória do conservadorismo como paradigma, desde suas expressões mais pragmáticas e individualistas, até as mais xenófobas e autoritárias.