Disseminação da desinformação on-line & tecnologias de informação e comunicação

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Carvalho, Caio Abitbol
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas e Formação Humana
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/23476
Resumo: Estudar o fenômeno da desinformação on-line e sua relação com as tecnologias de comunicação e informação (TIC) revela-se essencial e desafiador, especialmente no contexto contemporâneo, em que as redes sociais se tornam veículos tanto de informação quanto de manipulação. O presente trabalho investiga como as TIC, particularmente durante a pandemia de covid-19, influenciaram a proliferação de desinformação e quais os impactos para a sociedade, a saúde pública e a democracia. A partir de uma abordagem crítica fundamentada na teoria crítica de Andrew Feenberg, analiso a conexão entre Internet, política e o capitalismo de vigilância, destacando a erosão do debate democrático em meio à ascensão dos dados como principal recurso econômico. Exploro, também, o papel dos algoritmos e das câmaras de eco na disseminação da desinformação, examinando como esses mecanismos contribuem para polarizar discussões e solidificar falsas crenças. O estudo inclui uma análise de postagens em redes sociais de grandes veículos de comunicação, como O Globo e UOL, que buscaram desmentir informações falsas relacionadas à covid-19. O comportamento dos usuários diante dessas postagens, suas reações, comentários e o engajamento geral foram analisados, revelando os desafios que os veículos enfrentam para combater a desinformação de forma eficaz. Ao longo da pesquisa constatou-se que a desinformação on-line não apenas desestabiliza os esforços de saúde pública, mas também amplia a desconfiança nas instituições e no jornalismo tradicional. Por fim, discuto sobre estratégias mais eficazes de combate à desinformação que precisam considerar não apenas o conteúdo, mas também o contexto em que as informações são recebidas e interpretadas. Proponho a reflexão para políticas públicas que visem mitigar os efeitos da desinformação e promover um ambiente digital mais saudável e construtivo. A complexidade do tema requer, contudo, mais pesquisas futuras que o aprofundem.