Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Ferreira, José Augusto Gerônimo |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/191436
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Resumo: |
Esta dissertação é um convite ao embarque em uma pesquisa/viagem cartográfica que narra sobre vida e resistência Trans* não-bináriE em contextos universitários. Somaram a essa pesquisa três narrativas de jovens interioranos que se identificam enquanto pessoas Trans* não-bináriEs e ecoam suas vozes e resistências em diferentes Instituições de Ensino Superior, sendo duas delas localizadas em cidades do interior do estado do Paraná e a terceira localizada no interior do estado de São Paulo. A experiência cartográfica deu-se por do meio do deslocamento deste pesquisador ao território de composição, onde se efetivaram os encontros, as entrevistas e o acompanhamento das processualidades que se desenham no cotidiano das universidades. Por meio do dispositivo viagem – nomeado no percurso da construção desse mapa/dissertação, enquanto um modo cartográfico de produzir conhecimento/experiência –, conectamos-nos a Estrela, Lua e Céu que conosco embarcaram e compartilharam parte das bagagens que trazem em seus corpos/experimentação. No desemaranhar das linhas que atravessam essa experiência nos aliamos às inquietações da Filosofia da Diferença, Estudos Feministas, perspectivas Queers e Transfeministas, bem como pela própria Cartografia, com vista a buscar pelas seguintes pistas: mapear os agenciamentos que atravessam as experimentações das pessoas Trans* não-bináriEs em contexto de Instituições de Ensino Superior, bem como acompanhar os movimentos de desterritorialização e reterritorialização provocados por elUs com, para e na universidade, na criação de linhas de fuga para uma vida singular, também neste espaço institucional. Ao longo desse percurso verificou-se que a Cis-heteronormatividade emaranhada as relações sociais e institucionais provocam diversas experiências LGBTQIfóbicas aos corpos que não compactuam com o modelo normalizado e naturalizado esperado a cisgeneridade e heterossexualidade, o que tem produzido como efeitos a invisibilidade daqueles que fogem as normas de gêneros e sexualidades impostas, não sendo reconhecidos socialmente e institucionalmente por grande parte de agentes (professores) e usuários (alunos) institucionais em suas singularidades. De um lado pode-se dizer que todos esses atravessamentos LGBTQIfóbicos impactam diretamente na saúde emocional, na entrada, no trânsito e na conclusão do ensino dessas pessoas que não se sentem acolhidas e respeitadas nestes espaços. De outro, é importante ressaltar que a constituição de resistência em busca do direito e do desejo de graduar-se, tem se tornado a única alternativa para permanecer na Instituição de Ensino Superior. Em meio a esses lineamentos, as vivências de Estrela, Lua e Céu, cartografadas nessa pesquisa, tem agenciado linhas de possibilidades de outras narrativas performativas nas universidades em que transitam e ocupam, apresentando outras verdades a estes territórios de produções de saberes e de desejos normativos. São vivencias Queers e Trans* não-bináriEs dando aula sobre diversidade a universidade. Corpos que por ingressarem e permanecerem nesse espaço já são militantes de novos possíveis. |