Avaliação da ozonioterapia no tratamento da osteonecrose induzida por zoledronato em ratas senis

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Delanora, Leonardo Alan [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/202825
Resumo: A ozonioterapia vem se demonstrando uma ferramenta promissora na prevenção de infecções e no auxílio da reparação tecidual, conciliando com os desafios no tratamento da osteonecrose dos maxilares induzida por medicamentos (ONM-M), este projeto objetiva analisar os efeitos da ozonioterapia, em 55 ratas senis (18 meses), entre 300-350g, induzidas a osteonecrose via medicamentosa (Zoledronato 100μg/kg), após exodontia do primeiro molar inferior. Os animais foram divididos em 4 grupos equitativos (10 ratas por grupo), o primeiro grupo SAL, recebeu aplicações de soro fisiológico por 7 semanas, grupo SAL + OZ recebeu aplicações de soro fisiológico por 7 semanas e o tratamento com a ozonioterapia (0,7mg/kg) a cada 2 dias por 28 dias, o grupo ZOL recebeu aplicações de zoledronato (100μg/kg) por 7 semanas e por último o grupo ZOL + OZ recebeu também aplicações de zoledronato no mesmo protocolo e foi tratado com a ozonioterapia (0,7mg/kg) a cada 2 dias por 28 dias. Todos as ratas receberam a antibioticoterapia (Cristacilina® 0,1ml/kg por dia) iniciando 3 dias antes do procedimento de extração, se estendendo até 4 dias de pós-operatório, passaram pela extração do molar na terceira semana de experimento e foram submetidas a eutanásia na sétima semana de experimento. Após a eutanásia as mandíbulas foram ressecadas, reduzidas e preparadas para as análises microtomográficas (caracterização óssea do osso senil (MCT0) e após terapia com zoledronato (MCT1ZOL) contra seu par controle (MCT1SAL), parâmetros volumétricos (Bv,Bv.Tv,Tb.Th,Tb.N,Tb.Sp,Po.Tot) dos grupos experimentais), histométricas (porcentagem de osso neoformado e porcentagem de osso não vital) e imunoistoquímicas (expressão de TNFa, IL-1b, VEGF, OCN e TRAP). Os resultados da caracterização óssea não apresentaram diferença quando comparado os grupos experimentais (p>0,05), possivelmente devido ao pouco tempo decorrido na terapia com zoledronato. Os demais resultados comparando os grupos experimentais mostrou com diferenças estatisticamente significativas (p<0,05) uma característica de osso vítreo, denso, sem vitalidade, pobre em vascularização, com elevados valores para marcadores de inflamação, traduzindo isso em osteonecrose dos maxilares relacionada com a medicação, destoando principalmente do grupo controle SAL, que apresentou melhora na reparação alveolar e características de osso vital e vascularizado. A ozonioterapia (ZOL+OZ, SAL+OZ) apresentou valores significantes estatisticamente quando comparado ao grupo sem tratamento, traduzindo em melhora na vascularização do tecido ósseo, em melhora reparacional do alvéolo, modulação da inflamação local e o aparecimento/manutenção de células osteoblásticas ativas (p<0,05). Mostrando-se uma terapia viável no controle/tratamento da osteonecrose dos maxilares relacionado com medicamentos.