O Stalking na violência entre parceiros íntimos: a perspectiva das vítimas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Lopes, Natalice do Carmo lattes
Orientador(a): Lourenço, Lelio Moura lattes
Banca de defesa: Gebara, Carla Ferreira de Paula lattes, Ferreira, Maria Elisa Caputo lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Psicologia
Departamento: ICH – Instituto de Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/4893
Resumo: O stalking ou assédio persistente em português, se configura como um tipo de violência interpessoal, caracterizada por formas de contato, assédio e perseguição persistente. Presente em todos os contextos, sua ocorrência se mostra predominante nas relações de intimidade, tendo a mulher como a principal vítima. Diante disso, o presente estudo buscou investigar por meio de entrevistas semiestruturadas, a ocorrência do stalking em mulheres que foram vítimas de Violência Entre Parceiros Íntimos (VPI) e que buscaram ajuda em uma Delegacia de Atendimento Especializado à Mulher no período de março á Julho de 2017. Dentre os comportamentos violentos, estiveram presentes 3 (10%) tentativas de assassinato, 5 (16.6%) fraturas e ameaças de morte 16 (53.3%). Dentre os comportamentos característicos de stalking, se encontraram o controle de comportamentos, como impedir de fazer ou ter coisas 19 (63.3%), perseguir e assediar a vítima na porta do trabalho 8 (26.6%), procurar de forma insistente por meio de ligações 11(36.6%) e monitorar por meio de redes sociais, celular e mensagens 18 (60%). A grande variedade de estratégias usadas pelos stalkers para exercer o controle, perseguir e assediar as vítimas mostram que o stalking se caracteriza pela ocorrência de um conjunto variado de comportamentos e não apenas comportamentos isolados, evidenciando a dificuldade do agressor em manter a distância e aceitar o termino em alguns casos, mostrando a importância de desocultar e reconhecer o stalking nesse contexto, ampliando a discussão para além do âmbito cientifico.