Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Cavalin, Luciana Aparecida |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22131/tde-06072020-161245/
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Resumo: |
A violência contra a mulher é considerado um problema de saúde pública e direitos humanos, com prejuízos que vão além de custos econômicos, sociais e danos físicos, pois comprometem também a saúde mental da mulher com repercussões para outros integrantes da família, como os filhos. Esse tipo de violência é praticado, principalmente, por homens que têm ou tiveram um relacionamento íntimo com a mulher. Diante desse cenário, as pesquisas com perpetradores se mostram relevantes, pois permitirem compreender a violência por parceiro íntimo, não apenas a partir das falas das mulheres em situação de violência, mas a partir da perspectiva daqueles que a praticam. Frente ao exposto, o presente estudo buscou compreender o sentido da violência para o perpetrador, utilizando informações fornecidas pelos homens a partir de suas vivências de agressão contra as companheiras. Trata-se de um estudo exploratório-descritivo de abordagem qualitativa, realizado com 7 homens perpetradores de violência por parceiro íntimo sob medida socioeducativa na cidade de Ribeirão Preto, estado de São Paulo, Brasil. Foram utilizados entrevista semiestruturada e dados secundários. Os dados foram submetidos à análise temática indutiva e interpretados à luz da teoria Bioecológica. Desse processo emergiram três categorias: \"Chacoalhar o galho da roseira\" - sentidos e significados da violência: observamos a naturalização e generalização do emprego de atitudes violentas em seus relacionamentos íntimos, principalmente a psicológica; Comportamento da mulher e o \"despertar a ira\": a mulher foi apresentada como a protagonista da violência sofrida ao provocar o homem, fazendo com que ele respondesse agressivamente e a responsabilizasse pela agressão e Sentimentos e atitudes diante da denúncia: os homens negaram a autoria do ato violento e relativizaram a gravidade das agressões, apresentando-se como injustiçados. A expressão da violência por parceiro íntimo pelos autores sofre influência de interações macrossociais, provenientes de uma sociedade que ainda perpetua a desigualdade de gênero e prescreve papeis sociais, assim como de interações microssociais, que ocorrem no plano das relações familiares com a transgeracionalidade da violência |