A paisagem no romance La Lézarde, de Édouard Glissant

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Lima, Isabela Ferreira lattes
Orientador(a): Rocha, Enilce do Carmo Albergaria lattes
Banca de defesa: Miotti, Charlene Martins lattes, Bonnet, Véronique
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Letras: Estudos Literários
Departamento: Faculdade de Letras
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/8274
Resumo: Este trabalho aborda a relação socio-histórica-cultural existente entre a paisagem e o romance La Lézarde (1958), de Édouard Glissant. Para tanto, apresentamos a conceituação da palavra paisagem de acordo com vários autores e com base em diversas disciplinas, como geografia, filosofia, literatura, antropologia. O conceito se desenvolve a partir da associação entre a paisagem e a visão, a percepção, a cultura, a arte, a Relação, a memória, além de tratarmos de sua subjetividade e/ou objetividade e de tentarmos delimitá-la. Em seguida, propomos um diálogo entre as definições encontradas e o romance, de forma a analisar a presença e a influência da paisagem na obra escolhida, mas também sua relação com a História não-oficial da Martinica. Por isso, partiremos da análise dos morros e florestas, passando pela importância das árvores, descendo em direção à planície, que compreende a cidade e a plantação de cana-de-açúcar, para chegar até a praia e o mar, tendo o rio como elo que conecta todos esses percursos, de sua nascente até seu desaguar no mar, concluindo com o estudo da terra em si. Finalmente, a análise baseada no conteúdo do romance é complementada por aquela fundamentada na linguagem do poeta e romancista, uma vez que utilizamos a teoria dos anagramas proposta pelo linguista Ferdinand de Saussure para demonstrar a relevância da paisagem no referido romance. Segundo essa teoria, os textos poéticos apresentam de maneira anagramatizada palavras como nomes próprios ou temas concernentes ao texto. Embora se trate de um livro em prosa, propomos a aplicabilidade da teoria dos anagramas por esse estudo concernir um escritor tão cioso em relação à forma quanto Glissant.