Avaliação de fatores de risco para doenças cardiovasculares, com ênfase na hipertensão arterial, em indígenas Munduruku
Ano de defesa: | 2019 |
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Autor(a) principal: | |
Outros Autores: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Amazonas - Universidade do Estado do Pará
Faculdade de Enfermagem Brasil UFAM - UEPA Programa de Pós-graduação em Enfermagem |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/7415 |
Resumo: | Introdução: O conjunto das doenças cardiovasculares representa a primeira causa de morte no Brasil e no mundo. Os poucos estudos biomédicos realizados com grupos indígenas aldeados revelam que obesidade, hipertensão arterial e diabetes melitus são os principais fatores de risco para o desenvolvimento das doenças cardiovasculares. Contudo, há grupos étnicos que ainda não foram investigados quanto a esses fatores de risco. O presente estudo faz parte de um projeto universal intitulado “Fatores de Risco para Doenças Cardiovasculares em Indígenas Munduruku”. Objetivos: Comparar os fatores de risco cardiovascular, com ênfase na hipertensão arterial, dos indígenas Munduruku que vivem nas aldeias de: Kwatá, Fronteira, Laranjal e Mucajá. Específicos: Descrever as variáveis antropométricas, metabólicas e pressóricas, com ênfase na hipertensão arterial; descrever as características socioeconômicas, estilo de vida, hábitos, antecedentes pessoais e familiares e identificar o possível fator de associação dessas variáveis com a hipertensão. Metodologia: Estudo transversal de abordagem quantitativa, representativo do grupo étnico envolvido. O estudo foi realizado com 459 indígenas, com idade a partir de 18 da etnia Munduruku que vivem no Amazonas, Brasil. Foi realizada uma entrevista que abordava todas as variáveis da pesquisa. A pressão arterial foi aferida em três medições e foi utilizada a média das duas últimas medições. O exame físico incluiu os seguintes dados: peso, altura, cincunferência do pescoço e da cintura, bioimpedância e medição capilar de glicose, triglicérides e colesterol. As análises foram feitas com auxílio do software R 3.5.1. As variáveis foram analisadas com o uso de um modelo de regressão multinomial, foram apresentadas as razões de chance com os respectivos intervalos de confiança de 95% e valor - p. O modelo múltiplo final revelou os fatores associados à hipertensão. Resultados: A prevalência de hipertensão foi de 7,4%. Após a análise ajustada as variáveis que se apresentaram como fator de risco foram sexo, idade e circunferência da cintura. O modelo múltiplo final revelou que os homens tem 8 vezes a chance de apresentar pré-hipertensão em relação às mulheres; a idade mostrou que a cada aumento em 1 ano na idade, há um aumento de 10% na chance de hipertensão; e pessoas com circunferência da cintura aumentada tem 4 vezes a chance de hipertensão em relação àquelas com cintura adequada. Conclusão: Apesar da prevalência baixa de hipertensão em relação a população não indígena, os fatores de risco associados à hipertensão que foram apresentados revelam que as mudanças nos hábitos e no estilo de vida podem contribuir com o aparecimento desses fatores de risco e aumentar o risco de doenças cardiovasculares entre os indígenas Munduruku. Portanto, as políticas de saúde devem ser direcionadas aos povos indígenas de forma que atenda às suas particularidades. |