Diabetes mellitus e os fatores associados ao risco cardiovascular em indígenas da etnia Munduruku

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Gomes, Hanna Lorena Moraes
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/3837803064524881
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas - Universidade do Estado do Pará
Faculdade de Enfermagem
Brasil
UFAM
Programa de Pós-graduação em Enfermagem
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/7414
Resumo: Introdução: As mudanças do mundo globalizado, em decorrência dos processos de urbanização e industrialização, trouxeram transformações nos hábitos de vida, na cultura bem como no aumento de doenças crônicas não transmissíveis, no qual podemos destacar as cardiovasculares. Estes mesmos impactos permeiam as populações indígenas, através das transições dos hábitos de vida, econômicos e socioculturais e o próprio estilo de vida. Objetivo: Avaliar os fatores de risco de cardiovascular, com ênfase na Diabetes Mellitus, dos indígenas Munduruku que vivem nas aldeias de Laranjal, Mucajá, Kwatá e Fronteira. Metodologia: Estudo transversal, realizado no município de Borba no Amazonas com 459 indivíduos sendo, Laranjal (n=93), Mucajá (n=129), Kwatá (n=136) e Fronteira (n=101). A dosagem da glicose foi realizada utilizando um aparelho portátil digital (glicosímetro AccuCheck® da Roche Diagnóstica). Os fatores associados ao diabetes mellitus foram avaliados segundo análise univariada, posteriormente com análise multivariada para a construção do modelo múltiplo final, sendo considerados valores estaticamente significativos (p≤0,05). Resultados: A maioria dos indígenas é do sexo masculino (57,1%), nível tensional alterado sugestivo de hipertensão arterial (7,4%), glicemia alterada sugestiva de diabetes mellitus (12,2%) e apresentam excesso de peso (52,7%). A construção do modelo múltiplo final mostrou que a cada aumento de um ano de idade, há um aumento de 3% na chance de pré- diabetes e de 5% na chance de DM, independentemente do IMC. Indivíduos com IMC entre 25 e 29,9 Kg/m² apresentam até 4 vezes maior chance de ter DM em relação àqueles com IMC abaixo de 25 Kg/m². Indivíduos com IMC ≥30 Kg/m² tem até 9 maior chances de pré- diabetes e até 36 vezes maior chance de apresentar DM em relação àqueles com IMC abaixo de 25 kg/m².. Conclusão: Os indígenas Munduruku apresentaram níveis alarmantes de glicemia sugestiva de diabetes mellitus e isso se configura como um índice preocupante. Os indivíduos com baixa escolaridade, que estavam com sobrepeso ou obesidade e os indígenas que estavam dentro das faixas etárias mais elevadas, mostraram maior probabilidade de desenvolver a doença.