Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Rocha, Beatriz Macedo de Oliveira
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Orientador(a): |
Almeida, Patrícia Elaine de
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Banca de defesa: |
Machado, Alessandra Barbosa Ferreira
,
Machado, Patrícia de Almeida
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Ciências Biológicas: Imunologia e Doenças Infecto-Parasitárias/Genética e Biotecnologia
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Departamento: |
ICB – Instituto de Ciências Biológicas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/11587
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Resumo: |
A obesidade é um problema de saúde atual. Segundo a OMS, em 2016, 39% dos adultos com 18 anos ou mais estavam acima do peso e 13% foram diagnosticados com obesidade. No Brasil esse cenário é ainda mais preocupante, em que dados apontam um percentual de indivíduos adultos com sobrepeso de 54% e de indivíduos obesos de 18,9%, pelo Ministério da Saúde (2019). Além disso, a composição da microbiota de indivíduos magros e obesos é diferente e pode ter influência no desenvolvimento da obesidade, além de ter um papel significativo na modulação do sistema imune do hospedeiro. Assim, objetivamos avaliar as associações entre a obesidade e a microbiota intestinal na Tuberculose (TB) experimental. Para isso, camundongos da linhagem C57BL/6 machos foram submetidos a dieta hiperlipídica ou padrão e infectados ou não com Mycobacterium bovis BCG, nos tempos de 24, 48, 72 e 96 horas. Nossos dados demonstraram que a dieta hiperlipídica foi capaz de induzir um quadro de obesidade após 12 semanas. Interessantemente, houve perda significativa de peso dos animais obesos após 96 h de infecção por M. bovis BCG. Houve aumento na formação de corpúsculos lipídicos frente a infecção em ambos os grupos estudados, porém a obesidade parece modular positivamente essa biogênese em 72 e 96 h. Entretanto, após 96 h de infecção, em ambos os grupos, houve uma diminuição significativa na formação dessas organelas. Nossos dados também mostraram aumento na secreção de citocinas pró-inflamatórias (TNF-α e KC) frente à infecção e diminuição nos níveis de IL-10 em animais obesos após 48 h. As análises histológicas do intestino indicaram um aumento de áreas de infiltrado inflamatório no intestino de animais obesos no tempo de 48 h. No entanto, de forma interessante, em ambos os grupos, eutrófico e obeso, houve uma redução significativa na área dos infiltrados inflamatórios após 96 h de infecção. Através da análise estrutural da microbiota intestinal, foi possível demonstrar que há diferenças entre os grupos eutrófico e obeso. A estrutura da microbiota intestinal dos animais eutróficos sofreu alterações de forma rápida e continuou variando nos tempos de 24, 48 e 72 h após infecção. Já a alteração na estrutura da microbiota intestinal (MI) de animais obesos foi lenta, com menores alterações nos tempos de 24 e 48 horas, e mudanças expressivas no tempo de 72 h, às quais se aproximaram do perfil microbiano dos animais eutróficos após 24 h de infecção (98,3% de similaridade). Além disso, animais obesos após 96 h de infecção sofrem drásticas alterações na composição da MI apresentando 55,1% de similaridade com os outros grupos. Alterações na composição da microbiota intestinal e suas associações à doenças infecciosos ainda são fracamente compreendidas o que torna necessária a investigação mais aprofundada acerca de suas interações com o sistema imune. |