A roupa do sexo: transexualidade e psicanálise

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Travassos, Natália Pereira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Psicologia
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Psicanálise
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/17568
Resumo: A transexualidade é um tema complexo e que vem despertando crescente interesse; uma manifestação moderna que remete a mais primitiva das questões humanas: o sexo. Também foi a partir do embaraço colocado por este corte inerente ao sexo, que Freud viu pulular sob seus olhos indecifráveis sintomas que acometiam mulheres enigmáticas. Naquela época, a incerteza histérica sobre como ser uma mulher desafiava o conhecimento médico. Atualmente, o desafio é imposto pela certeza (psicótica?) sobre o próprio sexo à lei simbólica e seus limites. O objetivo desse trabalho foi explorar o tema da transexualidade articulado à psicanálise, onde teoria e clínica se encontram a fim de explorar a singularidade com a qual o sujeito responde diante do enigma do sexo e pode se encarnar sob a contemporânea égide do gênero. Para isso fizemos uma revisão bibliográfica sobre o tema, pesquisa de materiais disponíveis em mídia - tais como documentários e entrevistas - que pudessem enriquecer a discussão, assim como alguns casos clínicos presentes na literatura psicanalítica e recortes da clínica. Concluímos que a transexualidade é um tema ainda com poucas produções acadêmicas à luz da psicanálise, que exige uma discussão ética-clínico-teórica atenta e crítica para que não caiamos no discurso da Ciência que tampona o desejo, nem no discurso social que - ao se restringir à luta pelo exercício dos direitos civis - exclui o sujeito, tampouco numa clínica que reproduza o psicologismo das massas, deixando de lado a escuta, a transferência e o sujeito.