Do transexualismo à transexualidade

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Almeida, Barbara Zenicola de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Psicologia
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Psicanálise
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/14678
Resumo: Esta pesquisa propõe abordar a questão da transexualidade, a fim de pensarmos os motivos que levaram ao aumento significativo da prática de cirurgia de mudança de sexo que, inicialmente, era buscada por sujeitos, em sua maioria, psicóticos. Tal fenômeno evidencia que a bipartição sexual, entre homem e mulher, não é o bastante para dar conta da subjetividade do sujeito. A pesquisa, então, levanta uma hipótese para pensarmos a ocorrência do fenômeno transexual em mulheres, ou seja, sujeitos com o corpo biológico feminino, genótipo XX, mas com identidade de gênero masculina. Para tal, partimos da teoria freudiana a respeito da sexualidade feminina, na qual destacamos o complexo de masculinidade, apontado por Freud como uma das três direções possíveis para a menina frente ao Penisneid, para pensá-lo como uma das principais orientações na pesquisa da transexualidade na mulher. No caminho em busca do esclarecimento do que seria ser um homem ou uma mulher, utilizamos as fórmulas quânticas da sexuação, teorizadas por Lacan, nas quais o autor trabalha a bipartição sexual a partir das modalidades de gozo. Lacan conclui que se trata de uma escolha, que o sujeito é forçado a fazer, posicionando-se de um lado ou de outro. Mas, algo de que sujeito falante, que possui um corpo que lhe fora atribuído pela linguagem, nunca conseguirá escapar é do mal-estar em possuí-lo, pois ele sempre lhe trará questões. Será que o sujeito que muda de sexo conseguirá aplacar esse mal-estar por tentar livrar-se do sexo anterior? É possível deixar de ser homem e passar a ser mulher, ou vice-versa? Construímos esta pesquisa, também, em busca dessas respostas. Mas algo que não passa despercebido é o fato de que aquele sujeito que passa pelas cirurgias de redesignação sexual será, sempre, chamado de transexual. Como a psicanálise pode tratar desse fenômeno levando em conta cada sujeito?