Na vida e na escrita: o universo autobiográfico de Édouard Louis em O fim de Eddy e na História da violência
Ano de defesa: | 2022 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Letras Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Letras |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/18489 |
Resumo: | Este trabalho se insere no campo de investigações das Escritas de Si, em que o autor-narrador-personagem escreve sobre a própria vida. Assim, propõe-se pensar as autobiografias – episódicas, viscerais e chocantes – de Édouard Louis, O fim de Eddy e a História da violência, a partir da coletânea de Philippe Lejeune, O Pacto autobiográfico: de Rousseau à internet, analisando se as escritas do “eu” do narrador-personagem correspondem às categorias estudadas por Philippe Lejeune. Além disso, inerente às obras de Édouard Louis, serão destacados os fenômenos da violência e do preconceito que permeiam ambas as obras, tendo em vista o caráter de sua escrita politicamente revolucionária, socialmente transgressora e engajada nos movimentos pelos direitos das minorias. À vista disso, entenderemos, a partir da literatura édouardiana, que há corpos que são menos amados e dificilmente aceitos do que outros, como esclarece Judith Butler. Desse modo, estes estão mais propícios a sofrerem violência, tal qual o corpo gay masculino afeminado. No caso de Édouard Louis, veremos como a heteronormatividade, impregnada em seu ambiente social e familiar, acarretou-lhe danos irreparáveis em sua vida. Portanto, a partir de seu próprio material humano, Louis coloca em suas escritas situações reais, que entram em choque não somente com a tradição de sua família e de seu pequeno vilarejo rural, mas com toda a forma de estrutura de recepção do Estado Francês e do mundo para com as minorias. |