No entrelaçar de becos, lutas e a sala de aula: a experiência da EJA-Manguinhos

• Ano de defesa: 2016
• Autor(a) principal: Oliveira , Michelle Santos de
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro; Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Educação da Baixada Fluminense; Brasil; UERJ; Programa de Pós-Graduação em Educação, Cultura e Comunicação
• Palavras-chave em Português: Educación de Jóvenes y Adultos; Educación popular; Educação de adultos; Favelas - Rio de Janeiro; Educação popular; CIENCIAS HUMANAS::EDUCACAO
• Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/19601

A presente dissertação discute a relação entre educação e território a partir do estudo de caso realizado na favela de Manguinhos (EJA-Manguinhos), situada na zona norte do Rio de Janeiro. Ao considerar a proposta político pedagógica da escola, pautada na relação entre educação e território, essa pesquisa tem como objetivo identificar as percepções e avaliações do corpo docente sobre o que seria uma "educação territorializada". Para isso, realizamos um levantamento bibliográfico sobre educação popular, educação de jovens e adultos, território e favela; analisamos documentos produzidos pela equipe da EJA-Manguinhos sobre educação e território; foram feitas entrevistas semi-estruturadas com professores; e participamos de um encontro de formação para perceber quais as falas sobre educação territorializada que surgiam com mais força entre os professores. A pesquisa trabalha a partir dos conceitos de sujeitos coletivos de direitos (Arroyo, 2011), efeito-favela (Burgos, 2009) e discute os conceitos de território usado (Santos, 1994) e territorialização (Ceccim, 2005), além de aportar elementos no debate sobre desterritorialização a partir das críticas de Haesbaert (2004). Entre os resultados encontrados, vimos como a proposta de educação territorializada estimula, cada vez mais, a busca por uma coerência teórica-metodológica entre os professores, que buscam repensar práticas e criar experiências que correspondam a essa expectativa. No entanto, estas práticas ainda são desenvolvidas a partir de interpretações individuais e variadas daquilo que entendem por educação territorializada, apontando a necessidade do desenvolvimento de um referencial teórico-metodológico comum, construído coletivamente. Essa pesquisa também procura sistematizar e compartilhar algumas das práticas pedagógicas observadas, pautadas na relação educação e favela.