Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Lima, Joaquim Bezerra |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/192973
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Resumo: |
A pedagogia construída pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) ao longo de sua história constitui-se como um instrumento da educação que propõe um processo de luta política pautada no campo de reivindicação da luta dos movimentos sociais do campo, fundamentada prática e teoricamente nos princípios da educação popular. Se constitui como um elemento imprescindível para o processo da formação de sujeitos de transformação. Sua base política e pedagógica está ancorada na luta da classe trabalhadora que busca transformar a realidade na perspectiva de construção de uma sociedade com dignidade e justiça social. A Jornada de Alfabetização do Maranhão, conduzida política e pedagogicamente pelo MST, tem se apresentado como resultado da construção coletiva desse Movimento Popular que aglutina todo o processo construído pelos movimentos socioterritoriais de luta pela educação, assumindo o compromisso de que a educação do campo deve pautar-se na construção de uma educação que contribua com os processos de luta dos povos do campo e da cidade, assumindo a posição enquanto classe, e propondo as diretrizes de como fazer uma educação que dê conta de formar o sujeito capaz de intervir no processo de transformação da realidade. Considerando essas premissas, esta pesquisa teve por objetivo analisar a proposta pedagógica da Jornada de Alfabetização do Maranhão e a execução deste projeto no município de Newton Bello – MA visando identificar de que modo a territorialização desta política educativa contribuiu para a emancipação dos sujeitos que participaram deste processo. A pesquisa participante é a metodologia que define os percursos desta pesquisa. Foram analisados os documentos da Jornada de Alfabetização, tais como registros dos coordenadores feitos ao longo do processo de ensino, lei estadual que institui a Jornada, além de entrevistas semiestruturadas realizadas com os docentes do projeto e questionários respondidos pelos egressos que participaram da Jornada no município de Newton Bello. Como resultado, podemos afirmar que a educação do campo em seu caráter de educação popular contribuiu para a emancipação dos egressos da Jornada. Identificamos na pesquisa, uma educação que se propõe como possibilidade de ruptura tanto das questões pedagógicas, quanto do imaginário de uma sociedade que propõe igualdade e justiça social. |