ATIVIDADE ANTINOCICEPTIVA DA TELOCINOBUFAGINA EM DORES AGUDAS E CRÔNICA NEUROPÁTICA

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: FEITOSA, GEISSY ISRAELA DE MOURA CRUZ
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=92301
Resumo: Atualmente para o tratamento de dores agudas de intensidade moderada a severa são utilizados medicamentos associados a opioides, o que ocasiona diversos efeitos colaterais; para o tratamento da dor neuropática são utilizados como medicamentos de primeira linha os antidepressivos e anticonvulsivantes que nem sempre trazem resultados satisfatórios. Venenos de animais estão sendo estudados na tentativa de desenvolver novos fármacos uma vez que são ricos em substâncias biologicamente ativas. Já foi demonstrado que as secreções tóxicas de algumas espécies da família Bufonidae apresentam ações terapêuticas, incluindo analgésicas. Assim, essa tese teve por objetivo avaliar a atividade antinociceptiva da telocinobufagina (TCB), um esteroide do grupo dos bufadienolídeos, em dores agudas e crônica neuropática experimentais, bem como investigar a participação do sistema opioide. Para obtenção da TCB, o veneno bruto do anfíbio Rhinella jimi foi fracionado por cromatografia liquida de alta performance (HPLC) utilizando coluna preparativa C18 de fase reversa. O esteroide foi diluído em solução de DMSO e administrado via intraperitoneal nas doses de 0,125; 0,25; 0,5 e 1 mg/kg e diluído em solução de labrasol + transcutol para administração via oral (v.o.) nas doses de 1,25; 2,5, 5 e 10 mg/Kg para o estudo de dores agudas e nas doses de 5, 10 e 20 mg/Kg para o estudo de dor neuropática. A atividade antinociceptiva da TCB foi avaliada usando os seguintes modelos experimentais de dor: testes de contorção abdominal induzida por ácido acético, formalina, retirada da cauda e placa quente, para dores agudas; testes de von Frey e retirada da pata, para dor neuropática. A dose mais elevada de TCB reduziu mais de 90 % o número de contorção e o tempo de lambida da pata nos testes de contorção abdominal e formalina, respectivamente, bem como aumentou 200 % o tempo de início de reação nos testes de retirada da cauda e placa quente. A TCB reverteu de maneira dose-dependente a alodinia do grupo controle no teste de von Frey e a hiperalgesia no teste de imersão da pata. A naloxona não reverteu o efeito antinociceptivo de TCB em nenhum dos testes realizados, sugerindo que a TCB não atua no sistema opioide. Portanto, a TCB apresentou atividade antinociceptiva tanto centrais como periféricas, além de importante ação anti-inflamatória em dores agudas e reverteu o quadro de alodinia e hiperalgesia em dor neuropática podendo vir a ser uma possível alternativa farmacológica para o tratamento dessas dores.<br/>Palavras-chave: Telocinobufagina. Dor aguda. Dor neuropática. Antinocicepção.