Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2009 |
Autor(a) principal: |
Silva, Paulo Tárcio Aded da |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual do Ceará
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=59875
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Resumo: |
O controle da dor de todos os tipos tem sido um importante foco de atenção da saúde há muito tempo. O analgésico ideal deve ser potente, para que possibilite máximo alívio à dor, porém deve apresentar o mínimo de efeitos colaterais. Pesquisadores continuam na busca de novas drogas analgésicas tão eficientes quanto a morfina, porém com menos efeitos colaterais importantes como tolerância, constipação, dependência psicológica e física. O veneno do anfíbio Rhinella jimi é extremamente rico em substâncias biologicamente ativas secretadas das glândulas parotoídes, que têm sido bastante estudadas na tentativa de desenvolvimento de novas drogas terapêuticas. O objetivo do estudo foi verificar os efeitos antinociceptivos, em dores agudas, de um fator isolado da secreção das glândulas parotóides de Rhinella jimi. No presente trabalho, purificamos um novo fator da secreção cutânea desse anfíbio e testamos sua atividade antinociceptiva em quatro modelos experimentais clássicos de dores agudas em camundongos: o teste de contorções abdominais, o teste da formalina, o teste da placa quente e o teste do tail flick. Em todos esses testes foram utilizadas as vias de administração intraperitoneal com doses do fator de 0,25, 0,5 e 1mg/Kg; e a via oral com doses de 0,5, 1 e 2mg/Kg. No teste de contorções abdominais por ácido acético, o fator inibiu significativamente o número de contorções abdominais em relação ao controle, de forma dose-dependente e foi cerca de 240% mais potente do que a morfina (5mg/Kg), quando comparado mol a mol. No teste da formalina, o fator diminuiu significativamente o tempo de reação em relação ao controle, nas fases 1 e 2, observando-se um efeito dose-dependente e foi cerca de 1035% mais potente na fase 1 e 305% mais potente na fase 2 do que a morfina. No teste da placa quente, o fator aumentou significativamente o tempo de permanência do animal sobre a placa, em relação ao controle, observando se um efeito dose-dependente com provável ação no SNC e foi cerca de 1665% mais potente que a morfina. No teste do tail flick, o fator aumentou significativamente o tempo de imersão da cauda em Banho Maria em relação ao controle, observando-se um efeito dose-dependente e de ação medular, e foi cerca de 310% mais potente que a morfina. Os efeitos antinociceptivos do fator não foram revertidos pelo naloxone (5mg/Kg) em todos os testes usados acima, mostrando que o seu mecanismo de ação não envolve o sistema opióide. Os efeitos antinociceptivos foram tanto periféricos como centrais (cérebro e medula) e atuaram em dores agudas de origem neurogênica e inflamatória. Este fator poderá, no futuro, servir como modelo para o desenvolvimento de novos analgésicos com potencial terapêutico no controle da dor aguda humana. Palavras-chaves: Antinocicepção, dor aguda, anfíbios. |