Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
ARAUJO, DIEGO FREITAS DE |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual do Ceará
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=83630
|
Resumo: |
<div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">RESUMO</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">As terapias anticoagulante e antiplaquetária atuais apresentam limitações, tais como </span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">janela estreita terapêutica e sangramentos. Caesalpinia ferrea é uma planta </span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">medicinal utilizada popularmente como anti-inflamatório e cicatrizante, e efeitos</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">anticoagulante e antitrombótico foram demostrados preliminarmente para seu extrato </span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">polissacarídico proteinado. Objetivou-se purificar, caracterizar químicaestruturalmente os polissacarídeos desproteinados das cascas de C. ferrea e avaliar </span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">os seus efeitos anticoagulante, antiplaquetário e antitrombótico. O extrato </span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">polissacarídico desproteinado de C. ferrea (EP-Cf), obtido a partir das cascas (5 g), </span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">que passou por processo de extração alcalina (NaOH 0,1 M) e desproteinização por</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">ácido tricloroacético, foi fracionado por cromatografia de troca iônica (DEAEcelulose) e as frações polissacarídicas acídicas eluidas com NaCl (0,1-1,0 M). Os </span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">polissacarídeos foram analisados quanto aos teores de carboidratos totais, ácido </span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">urônico, compostos fenólicos e proteínas; caracterizados quanto sua composição </span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">monossacarídica por cromatografia gasosa (GC-MS), massa molar por </span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">cromatografia de permeação em gel (GPC), e espectroscopia de infravermelho (FTIR); foram avaliados quanto à atividade anticoagulante pelos testes do tempo de </span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">tromboplastina parcialmente ativada (TTPA), tempo de protrombina (TP), tempo de </span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">trombina (TT) e tempo de recalcificação (TR), quanto à atividade plaquetária </span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">induzida por adenosina difosfato (ADP, 3 μM), e</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;"> </span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">in vivo quanto no modelo de </span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">trombose venosa e tempo de sangramento. O EP-Cf (rendimento-5,3%) exibiu </span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">elevado teor de carboidratos (45%, incluindo 5% de ácido urônico) e as frações </span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">polissacarídicas, com rendimentos (FI-10%), (FII-17%), (FIII-5%), exibiram teores de </span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">carboidratos totais e ácido urônico de FI (33%, 16%), FII (45%, 19%), FIII (16%, 4%), </span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">respectivamente, mas insignificantes níveis de ácidos fenólicos e proteínas. O peso </span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">molecular dos polissacarídeos variou de 9,5 x 104</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">a 1,5 x 105 Da, na qual FI mostrou </span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">a menor e FIII a maior massa molar. Os polissacarídeos de C. ferrea são </span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">majoritariamente compostos por arabinose (FI-53%, FII-72%) e galactose (FI-25%, </span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">FII-17%) e no FT-IR revelou-se perfis semelhantes entre os polissacarídeos, </span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">mostrando bandas em regiões características para ácido urônico, principalmente </span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">para FI e FII. No TTPA, o EP-Cf prolongou o tempo de coagulação de maneira </span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">concentração-dependente em até 3,5x, FI prolongou em até 1,4x, FII em 1,4-1,6x e </span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">FIII em 3,7x vs. salina (28.7±0.3 s; 28.7±0.8 s; 27.3±0.3 s; 29±0.4 s), </span></font>respectivamente e no TR somente FI e FII inibiram a coagulação do plasma em 1,2 e </div><div>1,3x vs. salina, respectivamente. No TP e TT, não apresentaram resultados </div><div>significativos. Os polissacarídeos inibiram a agregação plaquetária e FIII mostrou </div><div>maior efeito inibitório em até 48% (200 μg/μL vs. ADP-100), semelhando ao padrão </div><div>clopidogrel (46%). Os polissacarídeos (1,0 mg/kg) inibiram a formação de trombos </div><div>(EP-Cf: 52%, FI: 44%, FII: 41% e FIII: 69%) e apenas FIII prolongou o tempo de </div><div>sangramento em 1,5x (1,0 mg/kg vs. salina: 1215±61 s). Os polissacarídeos isolados </div><div>de C. ferrea (cascas), compostos principalmente de arabinose, galactose e ácido </div><div>urônico, apresentam massas moleculares variadas, atividades anticoagulante, </div><div>atuando na via intrínseca e/ou comum da coagulação, antiplaquetária e</div><div>antitrombótica, com mínimo efeito no tempo de sangramento.</div><div>Palavras-chave: Polissacarídeos. Caesalpinia ferrea. Anticoagulante. </div><div>Antiplaquetário. Antitrombótico. </div> |