Características estomáticas em espécies arbóreas da Amazônia central.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Camargo, Miguel Ângelo Branco
Orientador(a): Marenco, Ricardo Antonio
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
Programa de Pós-Graduação: Botânica
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/12712
http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4143915P0
Resumo: O Clima na Amazônia é fortemente influenciado pela vegetação, pois, grande parte da precipitação nesta região, provém da água transpirada pela própria floresta. Na planta, as trocas gasosas com o ambiente são realizadas, principalmente, através dos estômatos. Desta forma, os estômatos exercem influência nos ciclos de carbono e água do planeta. O principal objetivo deste trabalho foi determinar as características estomáticas em dez espécies arbóreas da Amazônia, em duas condições de luminosidade: dossel e sub-bosque. Além disso, em plantas crescendo no sub-bosque estudou-se a relação do comprimento das células-guarda (CG) e densidade (DE) com a condutância estomãtica (gs). Os complexos estomáticos foram estudados com auxílio de um microscópio óptico, dissociando as epidermes por meio de compostos químicos. Já gs foi medida nas arvoretas do sub-bosque da floresta com auxílio de um analisador de gás infravermelho. A irradiância no sub-bosque foi de aproximadamente 1% da luz solar que atinge o dossel da floresta, com pouca variação entre os microsítios do subbosque (P > 0,05). Na população de plantas estudadas (dossel e sub-bosque), DE variou de 100 a 700 estômatos por mm2 e o comprimento das CG de 8 a 25 μm, observando-se uma relação inversa entre DE e comprimento das CG. Os estômatos foram menores nas folhas do dossel do que naquelas do sub-bosque. Houve diferenças nas características foliares entre folhas de dossel e sub-bosque. A relação entre o comprimentos das CG e gs foi positiva, mas negativa entre gs e DE. A maior parte (90%) da variação na condutância estomática foi devida à variação no tamanho das célulasguarda, a diferença (10%) foi devido à contribuição da DE. Todas as espécies estudadas apresentaram folhas hipoestomáticas, tendo a maioria (90%) folhas homoestomáticas (apenas um tipo de estômatos). Os principais tipos de complexos estomáticos encontrados foram: anisocíticos (40%), anomocíticos (20%) e paracíticos (40%). Foi concluído que o tamanho das células-guarda desempenha papel relevante na determinação de gs. O fato da maior parte das espécies apresentarem folhas homoestomática abre a possibilidade em se utilizar as características dos complexos estomáticos em trabalhos de taxonomia que envolvem espécies florestais da Amazônia.