Variação intra-anual da dinâmica etária foliar e características ecofisilógicas de árvores de dossel na Amazônia Central
Ano de defesa: | 2019 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
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Programa de Pós-Graduação: |
Ciências de Florestas Tropicais - CFT
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/5197 http://lattes.cnpq.br/1911252507547968 |
Resumo: | O conhecimento da variação da estrutura etária das folhas em espécies arbóreas durante períodos sazonais de precipitação pode auxiliar o melhor entendimento da dinâmica de carbono nos ecossistemas florestais da Amazônia. Isto se deve ao fato da fenologia foliar influenciar a capacidade fotossintética das espécies. Entretanto, os mecanismos ecofisiológicos e a tolerância das espécies a eventos de seca extrema (e.g. El Niño) ainda são pouco compreendidos. O objetivo deste estudo foi investigar as características ecofisiológicas em folhas de diferentes classes de idade sujeitas à sazonalidade de precipitação em 19 espécies arbóreas de dossel em um ano de ocorrência do fenômeno climático El Niño (2015/2016). As análises foliares foram realizadas em grupos de folhas de quatro classes de idade, a saber: classe I = < 99 dias; classe II = 100-267 dias; classe III = 268-436 dias e classe IV = > 437 dias. Foram realizadas campanhas de campo durante quatro períodos sazonais de precipitação: chuvoso (maio), transição chuvoso-seco (julho), seco (setembro) e seco-chuvoso (novembro). A demografia foliar foi monitorada mensalmente, enquanto nas diferentes classes de idade foliar foram analisadas as variáveis de trocas gasosas, fluorescência da clorofila a, teores foliares de nutrientes e pigmentos cloroplastídicos. Os períodos chuvoso (52%), transição chuvoso-seco (55%) e seco (34%) apresentaram maior abundância de folhas na classe III (268-436 dias). Na transição seco-chuvoso, a maior quantidade de folhas (45%) foi observada na classe II (100-267 dias). Os períodos sazonais influenciaram as trocas gasosas, a capacidade fotossintética e a eficiência no uso da água e nutrientes. No período seco, observou-se queda acentuada da fotossíntese (A), respiração (Rd), condutância estomática (gs) e transpiração (E). Entretanto, com o início das primeiras chuvas (transição seco-chuvoso), verificou-se a recuperação de todas as variáveis de trocas gasosas. A maior quantidade de folhas produzidas, principalmente nos períodos transição chuvoso-seco e seco, resultou maior conteúdo de nutrientes no dossel (nitrogênio, fósforo e potássio) e redução da massa foliar específica. Os períodos sazonais não afetaram o desempenho fotoquímico (pigmentos cloroplastídicos e fluorescência da clorofila a) das espécies. O controle da classe de idade foliar na capacidade fotossintética (Vcmax e Jmax) foi influenciado pelo período de precipitação. Os maiores valores de Vcmax e Jmax foram observados nas classes I e II nos períodos seco e transição seco-chuvoso. Os períodos sazonais de precipitação, em ano de El Niño, afetam a capacidade fotossintética (Asat, Vcmax e Jmax), contudo o desempenho fotoquímico (pigmentos cloroplastídicos e fluorescência da clorofila a) das árvores não é alterado. O efeito da classe de idade foliar sobre a capacidade fotossintética das árvores depende do período sazonal de precipitação, sendo mais pronunciado durante a estação seca devido em grande parte à estrutura etária foliar no dossel florestal. |