O papel de características funcionais e competição por luz na variação intraannual do diâmetro de oito espécies arbóreas sob efeito de fragmentação na Amazônia Central
Ano de defesa: | 2019 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
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Programa de Pós-Graduação: |
Ciências de Florestas Tropicais - CFT
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/12986 http://lattes.cnpq.br/1820222482426717 |
Resumo: | A fragmentação pode alterar a estrutura e funcionalidade de florestas tropicais, mas não sabemos como espécies arbóreas que persistem nos habitats fragmentados diferem no crescimento e na estratégia funcional de coespecíficas em florestas contínuas. Aqui investigamos se há diferenças no crescimento, na estratégia funcional e na variação diâmétrica de espécies arbóreas coespecíficas em floresta contínua madura e em fragmentos florestais na Amazônia central. Para isso, selecionamos 146 indivíduos de oito espécies arbóreas abundantes em floresta contínua madura e remanescentes em fragmentos florestais, que se distribuem ao longo do espectro de economia da madeira e ocupam desde o sub-bosque até o dossel superior da floresta. Usamos testes t pareados para investigar se os habitats selecionam diferenças nas taxas de crescimento diamétrico sazonais e anuais e na estratégia funcional. A identidade das árvores, determinadas características funcionais, variações na precipitação, volume de água no solo, na temperatura do ar e na disponibilidade de luz foram testadas como preditores de incrementos e encolhimentos diamétricos. Árvores nos fragmentos florestais tiveram menores taxas de crescimento absoluto anual, moldada pelo menor tamanho médio das árvores neste habitat. Quando tiramos o efeito do tamanho, mostramos que não há diferenças nas taxas de crescimento relativo anual e sazonal entre habitats, exceto no período mais chuvoso de 2018, onde os indivíduos da floresta contínua cresceram mais. Apesar de não haver diferença de crescimento entre os habitats, os indivíduos nos fragmentos florestais tiveram proporção de xilema ativo (em relação a área basal) quase 20 % e área foliar específica mais de 25 % maiores em relação aos indivíduos na floresta contínua. A identidade das árvores explicou a maior parte dos incrementos diamétricos, enquanto algumas características funcionais e variáveis climáticas foram os fatores mais importantes na explicação dos encolhimentos no diâmetro das árvores. Esse é um dos primeiros estudos que inferem sobre a resiliência das árvores que persistem frente às mudanças ambientais causadas pela fragmentação. Mostramos que mesmo tendo variação nas estratégias funcionais e ocupando diferentes estratos verticais no dossel, algumas espécies arbóreas podem manter o ritmo de crescimento após a fragmentação através da aclimatação das características funcionais em direção à aquisição de recursos. |